» ECONOMIA SOLIDÁRIA: CENTRO PÚBLICO SERÁ CRIADO EM 2007
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A Prefeitura realizou no sábado, dia 25, no auditório do Pavilhão São Carlos Exposhow o 3º Encontro de Economia Solidária, reunindo cerca de 20 grupos de empreendimentos solidários entre cooperativas, associações e informais, que participaram do Fórum formado pela Prefeitura e a Incubadora Regional de Cooperativas Populares (INCOOP) da UFSCar. O encontro debateu estratégias para desenvolver este tipo de atividade no município e diretrizes para a criação do Centro Público de Economia Solidária.

A previsão é de que o centro seja implantado no município em fevereiro de 2007, com recursos de R$ 100 mil financiados pela Fundação Banco do Brasil, em imóvel ainda a ser definido. A Prefeitura ficará responsável pela manutenção do espaço físico, que terá centro de documentação de economia solidária, espaço para comercialização e central de processamento de dados integrando e incubando empreendimentos de economia solidária.

O evento reuniu mais de 90 pessoas e contou com a participação do prefeito Newton Lima, acompanhado dos secretários Gilberto Perre (Fazenda) e Rosilene Mendes do Santos (Cidadania e Assistência Social), além de representantes dos municípios de Rio Claro, São José do Rio Preto, Osasco e Bauru que vieram a São Carlos conhecer as experiências de economia solidária.

Pela manhã, os participantes discutiram ações ou linhas de atuação para o fomento à política de desenvolvimento e planejamento estratégico da economia solidária no município, tendo como base a socialização de informações da 1ª Conferência Nacional de Economia Solidária realizada em junho deste ano em Brasília. No período da tarde, a pauta foi a discussão da implementação, ocupação e utilização do Centro Público de Economia Popular.

O prefeito Newton Lima destacou o avanço na política de desenvolvimento de economia solidária no município. “Em 5 anos partimos de uma incubadora para 20 e a criação do nosso Centro Público, uma incubadora lato-sensu, a exemplo do que já acontece em outras incubadoras, nos dará os equipamentos básicos e a logística consorciada para diminuir o custo dos empreendedores permitindo que as pessoas sejam capacitadas e as empresas de economia solidária se multipliquem ainda mais”, afirmou.

O diretor do Departamento de Apoio à Economia Solidária da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Reynaldo Norton Sorbylle, lembra que hoje 600 trabalhadores estão associados ao projeto de economia solidária, 500 deles em atividade gerando uma renda de R$ 250 mil por mês, o que significa uma injeção de R$ 3 milhões no mercado econômico da cidade. “A organização em cooperativas ajudou a diminuir o desemprego estrutural, já que grande parte dos cooperados estava excluída do mercado de trabalho e encontrou uma maneira diferente de gerar o seu próprio posto de trabalho construindo um empreendimento que tem como princípio o controle e a propriedade dos meios de produção, a democracia direta nas decisões da cooperativa e a distribuição justa do resultado proporcional ao trabalho de cada um construindo relações de redes e cadeias produtivas”, destacou.

A presidente da cooperativa Cooperlimp (segmento de limpeza) Soila de Souza destaca que iniciativas como o encontro ajudam a desenvolver mais o trabalho da cooperativa. “O empreendimento que hoje já possui 187 postos de serviço foi muito importante para acabar com o preconceito que se tinha em relação aos moradores do Jardim Gonzaga, que não conseguiam emprego. Hoje, além da dignidade eles têm renda e trabalho para sustentar as famílias”, disse.

A INCOOP da UFSCar, que atua como agente de fomento em economia solidária, tem trabalhado com grupos organizados, que tenham potencial coletivo de organização para a economia solidária ou que estejam excluídos do mercado de trabalho fornecendo informações sobre cooperativismo e auto-gestão, formalização do empreendimento, estudo de viabilidade econômica, entre outros.

Vanessa Brito de Jesus, coordenadora de projetos da incubadora, comenta que “nós nos inserimos no movimento de economia solidária, que tem desdobramentos em nível nacional, e fazer parte desta construção ajuda a promover também o papel da universidade pública, que é de pesquisa, ensino e extensão, dialogando, e torna acessível à comunidade os conhecimentos produzidos no meio acadêmico”.

Já Graziela Del Mônaco, também coordenadora de projeto, lembra que entre as ações que já estão recebendo apoio da INCOOP estão a cooperativa de limpeza, projeto de fortalecimento de três cooperativas de catadores com a criação de uma unidade de beneficiamento de plástico e também a articulação de comercialização com a feira do produtor, e o projeto sacoleco, que visa à redução de sacolas plásticas e geração de trabalho. “Nosso foco é a formação do empreendimento de uma maneira geral, desde a decisão de atuar até a sua implementação e participação no movimento de economia solidária”.

(27/11/06)
 
 

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