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Construção da Estação já gera 300 empregos.



CONSÓRCIO DE EMPRESAS PRIORIZA MÃO-DE-OBRA SÃO-CARLENSE

Quitando uma dívida ambiental de 150 anos, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), autarquia da Prefeitura, já iniciou a fase de construção da futura Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Monjolinho contratando cerca de 300 trabalhadores. Em razão de um pedido do prefeito Newton Lima, o consórcio Delta Araguaia priorizou a mão-de-obra da cidade, elevando assim o nível de emprego e o dinheiro circulante no comércio.

A primeira unidade, responsável pelo recebimento de todo esgoto gerado no município, já se encontra em fase de conclusão. “A construção da ETE no período de festas de final de ano trará ao PIB do município um Natal mais alegre e um começo de 2007 cheio de prosperidade”, observa o diretor-geral do SAAE, Jurandyr Povinelli.

Englobando toda sua estrutura física e logística, a construção da ETE estará nos próximos anos melhorando o fluxo contábil da economia são-carlense, com a presença de obras em diversos pontos da cidade. A próxima meta da autarquia é lançar um edital de licitação para a instalação de um amplo programa de saneamento em toda a rotatória do Cristo, imediações do Shopping Iguatemi, cuja vazão concentrará boa parte do esgoto do município, transportado até a estação.

Este projeto está orçado em torno de R$ 1,4 milhão, sendo que R$ 900 mil foram conquistados através de uma emenda parlamentar da bancada paulista no Congresso Nacional. Atualmente, estão sendo construídos um sifão invertido embaixo da ponte da rotatória do shopping e um emissário de 1.910 metros, com início no bairro Jardim Botafogo até a unidade de recebimento da futura ETE. Estas duas obras somam mais de R$ 1 milhão em investimentos. Quando a estação estiver concluída, a operação das salas de controle e laboratórios de análises químicas e biológicas criará por volta de 50 novos postos de trabalho, entre auxiliares, técnicos e engenheiros.

Com previsão para ser inaugurada em novembro de 2007, ano que São Carlos comemora seu Sesquicentenário, a ETE Monjolinho irá melhorar todo o ecossistema com a possibilidade de um rio limpo e a construção de um parque ambiental na primeira estação de energia do Estado. Para concretizar este sonho, a Prefeitura e o SAAE não pouparam esforços, solicitando todas as autorizações exigidas junto aos departamentos ambientais e buscando vários modelos de financiamento nos órgãos federais.

Através do Programa Saneamento Para Todos, desenvolvido pelo Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal (CEF) disponibilizou dois empréstimos no total de R$ 33 milhões, sendo o primeiro aporte de R$ 19 milhões e o segundo de R$ 14 milhões. A contrapartida do município ficou em torno de R$ 16 milhões, sendo que a instalação de emissários, interceptores e sifões é tão crucial quanto a construção da estação propriamente dita, pois estes equipamentos são responsáveis pelo efetivo transporte do esgoto. “Estas movimentações financeiras foram planejadas com o máximo de cuidado para não onerar demais os usuários e prejudicar ainda mais a delicada situação contábil do erário público”, esclarece o diretor da autarquia.

Alta tecnologia
Semelhante à ETE Piçarrão de Campinas, o projeto são-carlense foi concebido pelo Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP). Acompanhando o crescimento demográfico da cidade pelo período de 50 anos, esta estação será construída no antigo sítio Santa Adelaide situado na estrada municipal Cônego Washington José Pêra.

A localização faz fronteira ao norte pelo ribeirão Monjolinho, ao sul pela estrada Cônego Pêra e a leste com a antiga ferrovia. O sítio tem 13 alqueires, ocupados por pasto, sem a existência de plantações temporárias ou permanentes, cuja declividade média é de 9% na direção leste-oeste e altitude em relação ao nível do mar. O terreno também apresenta espaço adequado para prováveis adaptações.

A primeira etapa tratará 100% do esgoto gerado no município, com uma vazão de 600 litros por segundo. Atualmente, são despejados no córrego do Monjolinho cerca de 500 l/s. A segunda etapa deverá ser implantada em 2015, prevendo-se o tratamento de 1.000 l/s. Estimando-se uma população de 500 mil habitantes, a terceira etapa deverá ser implementada a partir de 2055, com capacidade de tratar 1.270 l/s. “A principal vantagem deste sistema é o seu caráter modelar, em que a construção de novas unidades dependerá do aumento populacional da cidade ao longo dos anos, reduzindo significativamente o custo da obra”, observa o diretor do SAAE.

(17/11/06)
 
 

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