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As três frentes de trabalho que integram a Comissão de Coordenação de Implantação das Atividades, Procedimentos e Serviços do Hospital-Escola Municipal “Professor Horácio Carlos Panepucci” devem concluir no próximo dia 23 os relatórios finais da primeira fase de análises das sugestões que vão recomendar diretrizes, normas técnicas e modelo de gestão que assegurem a entrada em operação do primeiro módulo do hospital.

O grupo que cuida do modelo de gestão do hospital está analisando modelos de gestão jurídica que garantam ao Hospital-Escola uma estrutura administrativa que tenha agilidade, flexibilidade, transparência e solidez em sua gestão. Os cuidados se devem a uma preocupação de garantir perenidade na gestão hospitalar mesmo com as eventuais mudanças governamentais. O grupo deverá recomendar qual deve ser a modalidade jurídica de administração do hospital: Fundação Pública de Direito Privado, Organização Social (OS) ou Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

O grupo que coordena a definição do papel do Hospital-Escola Municipal na integração à Rede de Cuidados com a Saúde consolidou uma proposta que está sendo apresentada ao Ministério da Saúde propondo a implantação de uma central de regulação para orientar e encaminhar os atendimentos de saúde na cidade. É a central de regulação que vai determinar a articulação entre as unidades de saúde da cidade sugerindo, por exemplo, se o paciente deve ser atendido na Santa Casa, na rede municipal ou no próprio hospital.

Ela regula tanto as vagas hospitalares de urgência e emergência quanto de consultas. Já está definido que São Carlos (num grupo de cinco cidades) começa a receber até o final do mês os primeiros módulos do sistema de regulação para uso e teste de conexão entre as unidades, verificando potencialidades e sua adequação ao município.

A frente de trabalho que trata da gestão interna do hospital já fez um diagnóstico preciso de oferecimento de serviços e procedimentos no hospital, definindo inclusive quais são as capacidades assistenciais do primeiro módulo. De acordo com o relatório da equipe, o primeiro módulo do hospital será uma unidade de atenção à saúde em quadros de urgência e emergência regulados pela central em articulação com a Santa Casa. O grupo está finalizando o que chama de olhar mais clínico da unidade, com realização da checagem da lista dos equipamentos e suas especificações nos procedimentos que serão ofertados no hospital.

Para a entrada em operação do primeiro módulo, de acordo com o secretário municipal de Saúde, Dirceu Barbano, falta aguardar a chegada e instalação dos equipamentos que já foram comprados, a conclusão de três dos nove pregões eletrônicos (seis já foram finalizados), sendo que alguns não foram finalizados por conta de recursos das empresas durante o processo licitatório e a contratação e capacitação de pessoal.
“É um processo complicado que demanda muito trabalho e por determinação do prefeito Newton Lima não será criado apenas um hospital. A Prefeitura quer ter o hospital de maneira articulada com o curso de Medicina da UFSCar para poder fazer a assistência, ensino, pesquisa e extensão, só entrando em funcionamento quando todos os setores estiverem articulados e capacitados em oferecer a população um atendimento qualificado”, frisa Barbano.

(07/11/06)
 
 

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