» REGIÃO TEM BAIXOS ÍNDICES DE HANSENÍASE PDF Imprimir E-mail

CEME.
Blaranis Pauletto. Um estudo realizado pela Secretaria Estadual de Saúde aponta que a região de Araraquara, que inclui São Carlos, apresenta baixa incidência de hanseníase por habitante: o coeficiente de detecção de hanseníase na região é 0,42 para cada 10 mil habitantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza a incidência de menos de um caso para cada grupo de 10 mil habitantes. O coeficiente de São Carlos no ano passado foi de 0,49. A redução no número de casos se deu em função de programas que tiveram eficácia na detecção, controle e tratamento da doença.

Em São Carlos, cerca de 50 pacientes são tratados pelo Programa de Controle da Hanseníase, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal de Saúde junto ao Centro Municipal de Especialidades (CEME), que possui um ambulatório de hanseníase para a realização do atendimento médico, testes de sensibilidade e exames laboratoriais. O programa tem uma fisioterapeuta especialista em hanseníase e uma equipe que indica até o vestuário do paciente, como, por exemplo, um calçado apropriado, já que em função da ausência de sensibilidade, um sapato comum chega a causar ferimentos graves nos pés dos pacientes.

Uma ação importante do programa é a atividade de medicação supervisionada, que faz o acompanhamento dos pacientes para ver se eles estão aderindo ao tratamento da hanseníase. Caso se identifique o descumprimento das orientações médicas, o paciente recebe a visita da equipe médica na residência para conscientizá-lo sobre a necessidade de utilização do medicamento ou até mesmo convoca o doente para tomar diariamente o remédio gratuitamente no CEME.

A coordenadora do Programa de Controle da Hanseníase, Blaranis Pauletto, enfatiza que “quanto mais rápido for feito o diagnóstico, mais rápida será a cura. Por isso, recomenda-se que, ao aparecer qualquer sinal ou sintoma, a população procure uma unidade de saúde para avaliação”. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, o município diagnosticou este ano, até o momento, cinco novos casos e, no ano passado, teve uma taxa de 100% de cura da doença.

O mês de outubro é dedicado para fazer o alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento específico. Dando continuidade à campanha do ano passado, com o tema “Difícil de falar, fácil de tratar”, todos os municípios estão sendo estimulados a fazer a divulgação dos sinais e sintomas da doença junto à população em geral. Em São Carlos, a conscientização sobre a doença é contínua incluindo distribuição de cartilhas informativas para a população além da realização de exames de triagem no ambulatório para diferenciar diabetes de hanseníase.
Entre alguns sinais que indicam a hanseníase estão manchas na pele que não doem, não incomodam e não coçam; dormência ou formigamento, e falta de sensibilidade como cortar-se ou queimar-se sem sentir.

O que é hanseníase
Trata-se de uma doença causada por um micróbio, o Micobacterium leprae (Bacilo de Hansen), que ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços e das pernas. Os principais sinais e sintomas são manchas brancas ou avermelhadas dormentes, dor nos nervos dos braços, das mãos, das pernas ou dos pés, partes do corpo com formigamento ou dormência, caroços no corpo, ausência de dor em casos de queimaduras ou cortes nos braços, nas mãos, nas pernas e nos pés.

A doença é transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa sadia, principalmente através da respiração durante o convívio diário. A pessoa que tem manchas nas regiões específicas deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para esclarecimento do diagnóstico. Caso haja necessidade o encaminhamento é feito para o ambulatório de hanseníase do CEME. O tratamento é feito gratuitamente. O Centro Municipal de Especialidades (CEME) localiza-se na rua Amadeu Amaral, 555, Vila Izabel. O horário de atendimento é das 7h às 18h de segunda a sexta.

(11/10/06)
 
 

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