» VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ORIENTA PAIS SOBRE A MENINGITE PDF Imprimir E-mail



A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde/Vigilância Epidemiológica, realizou na noite de sexta, dia 22, nas EMEIs “Antonio de Lourdes Rondon” (Maria Stella Fagá) e “Helena Dornfeld” (Vila São José), reuniões para orientar e tranqüilizar a população sobre os dois casos de meningites registrados neste mês no município. A Vigilância confirmou a existência de um caso de meningite meningocócica n a Vila São José e outro de meningite bacteriana não especificada no bairro Maria Stella Fagá.

Participaram da reunião cerca de 100 pais de alunos em cada uma das EMEIs, além da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Edel Zóia, do médico pediatra Edson Freitas e das diretoras das escolas. Os pais puderam tirar todas as dúvidas sobre sintomas, prevenção e vacinação. De acordo com informações da Vigilância Epidemiológica, não deve haver preocupação dos pais, sobretudo dos alunos que estudam em EMEIs, porque não há surto de meningites em São Carlos. Todas as medidas de prevenção e controle já foram adotadas.

Tão logo a Vigilância foi notificada do caso da meningite meningocócica, como medida de prevenção e controle, foi realizada nos comunicantes, ou seja, nas pessoas que tiveram contato prolongado com a aluna, a quimioprofilaxia, que é a aplicação de antibiótico tanto nos alunos quanto no professores e parentes. No caso de meningite meningocócica, entretanto, lamentavelmente, no dia 22, depois de estar internada desde o dia 7 de setembro na Santa Casa de São Carlos e não resistir ao tratamento da doença, uma menina de 5 anos que estudava na EMEI “Helena Dornfeld” veio a óbito.

Segundo a Vigilância Epidemiológica, não há medidas de controle que possam ser adotadas em relação à meningite bacteriana não especificada, porque ela não é transmissível de uma pessoa para outra. Edel Zóia explica que existem vários tipos de meningites e sua classificação está relacionada ao tipo de agente causador da doença, que pode ser bactéria, fungo, vírus, entre outros. Portanto, a partir do tipo de meningite é que são realizadas medidas de profilaxia de acordo com o Protocolo do Ministério da Saúde.

Em relação à vacinação, as crianças que estão com a vacina em dia já estão imunizadas. “A criança que tomou a vacina tetravalente em três doses tem três doses da vacina HIB incluída na tetravalente, vacina que previne contra o tipo mais grave de meningite, a causada por hemófilos, influenza B”, explica Edel. Existem, ainda de acordo com Edel, vários tipos de meningites. A bacteriana é uma delas, causada pelo meningococo que se divide em vários tipos A, B,C, W135, entre outros, portanto, não existe uma vacina que contemple todos os tipos de meningites causados pelo meningococo.

“A vacina só é utilizada na imunização, seguindo orientações de um protocolo específico do Ministério da Saúde em situações de epidemia e surto como forma de controlar a doença, fato que não ocorre em São Carlos. Vale ressaltar que além de não proteger contra todos os tipos de meningites a vacina não está disponível no Programa Nacional de Imunização (PNI) rotineiramente porque tem uma eficácia baixa (80%) e uma durabilidade de aproximadamente dois anos em crianças menores de 2 anos”, frisa Edel.

Nos casos de meningites meningocócicas, é utilizado um antibiótico nas pessoas que tiveram contato direto e prolongado com o doente. “Não há necessidade de proceder fechamento de escolas nem aplicação de outras condutas frente ao ambiente, pois o causador da meningite meningocócica não sobrevive no ar ou nos objetos”, reforça Edel.

A Secretaria Municipal de Saúde está acompanhando todos os casos de meningites registrados para as imediatas e necessárias ações de controle. E coloca à disposição toda a equipe técnica para as devidas orientações, assim como em alerta todos os profissionais médicos da rede de atendimento para o diagnóstico precoce, de acordo com Informe Técnico específico já distribuído.

(25/09/06)
 
 

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