| » SÃO CARLOS POSSUI 441 PORTADORES DE TRAÇO FALCIFORME |
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  A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde e apoio da Secretaria de Cidadania e Assistência Social e Prohab, e a APAE de São Paulo apresentaram nesta quarta, dia 23, na sala de reuniões do Centro Municipal de Especialidades (CEME), os números da primeira etapa de triagem para a detecção de anemia falciforme realizada em todas as unidades de saúde e no loteamento social Dom Constantino Amstalden (São Carlos 8), em São Carlos. A campanha teve como público alvo a população de uma maneira geral, de qualquer raça, a partir dos 5 anos de idade. O sangue colhido foi enviado para análise na APAE em São Paulo e os resultados apontaram uma triagem de 11.202 pessoas, 441 portadores de traço e 3 doentes falciformes. A proporção de normalidade recomendada pelo Ministério da Saúde é de 1 portador de anemia falciforme para cada 4 mil pacientes e 1 doente falciforme para cada 2.500 pacientes. Os exames já estão disponíveis nas unidades de saúde, que estarão entrando em contato com os pacientes que participaram da campanha. “Nós avaliamos como positiva a campanha, e os números estão dentro do que esperávamos. Os doentes serão contactados pela secretaria, iniciando imediatamente o acompanhamento e tratamento por um hematologista da rede municipal”, explica Natanael Alves da Silva, assessor de planejamento da Secretaria Municipal de Saúde. As administradoras regionais e as supervisoras de Saúde receberam informes técnicos para que o Programa de Saúde da Família (PSF) possa desenvolver a segunda etapa da campanha: a orientação genética, com um trabalho de acompanhamento não só do portador do traço, mas também de toda a família: pais, irmãos e primos. Sônia Marchezi Hadachi, bioquímica responsável pelo Laboratório do Serviço de Referência em Triagem Neonatal da APAE de São Paulo, realizou uma palestra orientando os profissionais de saúde sobre a interpretação das hemoglobinas, abordagem sobre anemia falciforme e a orientação familiar. “É importante explicar que no casal se ambos são traços eles têm uma probabilidade em torno de 25% de gerar uma criança com anemia falciforme”, disse. A campanha de detecção da anemia falciforme desenvolvida em São Carlos é pioneira no Brasil e segundo José Eduardo Lauandos, biólogo e coordenador do laboratório da APAE-SP, ela será apresentada ao Ministério da Saúde como piloto durante um Congresso de Saúde que será realizado de 27 a 29 deste mês, em Brasília. (23/08/06) |
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