» ESTAÇÃO CULTURA RECEBE EXPOSIÇÃO SOBRE PAULO FREIRE PDF Imprimir E-mail

A partir das 14h desta quarta, dia 23, até 1º de setembro, São Carlos abrigará a exposição “Paulo Freire – Educar para Transformar”, do Projeto Memória, realizado pela Fundação Banco do Brasil. Iniciado em 1997, por iniciativa da Fundação Banco do Brasil em parceria com a Petrobras, o Projeto Memória se propõe a valorizar a cultura e a história do país, homenageando grandes personalidades brasileiras, como Castro Alves, Monteiro Lobato, Rui Barbosa, Juscelino Kubitschek, Oswaldo Cruz, Josué de Castro, entre outros.

“A qualidade do trabalho e seu objetivo foram os principais motivos para que a Prefeitura se inscrevesse para receber a exposição “Paulo Freire – Educar para Transformar”, disse a diretora da Divisão de Museus da Secretaria de Educação e Cultura, Denize Quinsler. Segundo ela, esse é um trabalho que objetiva resgatar, difundir e preservar a memória do educador Paulo Freire, contribuindo para a popularização de sua vida e de sua obra.

O Projeto Memória encaminhou 60 réplicas para 800 municípios brasileiros e a previsão é de que a exposição seja vista por cerca de um milhão e meio de pessoas. Em São Carlos, a mostra ficará aberta à visitação na Estação Cultura, na Praça Antonio Prado, s/nº, de terça a sexta, das 10h às 18h, e nos finais de semana e feriados, das 13h às 17h.

Quem é Paulo Freire
Educador, ele desenvolveu uma metodologia de ensino muito utilizada no Brasil em campanhas de alfabetização e, por isso, foi acusado de subverter a ordem instituída, sendo preso após o golpe militar de 1964. Depois de 72 dias de reclusão, foi convencido a deixar o país. Exilou-se primeiro no Chile, onde desenvolveu, durante 5 anos, trabalhos em programas de educação de adultos. Foi quando escreveu a sua principal obra: Pedagogia do oprimido.

Em 1969, trabalhou como professor na Universidade de Harvard e nos 10 anos seguintes foi consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Mundial das Igrejas, em Genebra (Suíça). Em 1979, depois de quase 16 anos de exílio, retornou ao Brasil. Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, tornou-se secretário de Educação no município de São Paulo.

Recebeu o título de Doutor Honoris Causa de 27 universidades. Por seus trabalhos na área educacional, recebeu os prêmios: “Rei Balduíno para o Desenvolvimento” (Bélgica, 1980), “Prêmio Unesco da Educação para a Paz” (1986) e “Prêmio Andres Bello”, da Organização dos Estados Americanos, como Educador do Continente (1992). Paulo Freire é autor de muitas obras, entre elas Educação: prática da liberdade (1967), Pedagogia do oprimido (1968), Cartas à Guiné-Bissau (1975), Pedagogia da esperança (1992), À sombra desta mangueira (1995).

No dia 10 de abril de 1997, lançou seu último livro, intitulado Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Paulo Freire faleceu no dia 2 de maio de 1997 em São Paulo, vítima de um infarto agudo do miocárdio.

(22/08/06)
 
 

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