» PRESOS DA CADEIA DE SÃO CARLOS DEVEM SER TRANSFERIDOS PDF Imprimir E-mail

Comitiva de São Carlos em audiência na SAP.
Enquanto não há uma solução definitiva para os problemas causados durante a rebelião ocorrida no mês de junho, que destruiu a cadeia pública de São Carlos, a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP) irá remover, dentro de 40 dias, os 77 presos da cidade para outras unidades prisionais. A transferência, por solicitação da Seccional de São Carlos, responsável pelas remoções e escoltas, deve ser viabilizada para as cadeias da região, em estudo de vagas junto ao Departamento do Interior (Deinter 3) de Ribeirão Preto, já que os presos provisórios, ainda não sentenciados, precisam vir à cidade para participar de audiências de instrução do processo.

O anúncio foi feito durante uma audiência com o secretário-adjunto da secretaria, Lorival Gomes, na segunda, dia 7, na SAP em São Paulo, em que participaram o secretário municipal de Governo, Leandro Severo, o delegado seccional de polícia de São Carlos, Marcos César Borges, o diretor da cadeia, Edmundo Ferreira Gomes, e o vice-presidente do Conselho de Segurança (Conseg), Reginaldo Aparecido Malimpensa.

A comitiva esteve na capital paulista com o objetivo de garantir a transferência dos detentos para que possa ser feita a reforma parcial da carceragem, que teve telas e celas arrancadas durante o motim e atualmente não oferece condições de segurança porque os presos estão soltos dentro do prédio. Lorival Gomes afirmou que “o pleito de São Carlos é bastante justo, entendendo que quem tem que cuidar de preso é a nossa secretaria, e não a de segurança pública, e estamos dispostos a atender parte considerável do pedido”.

A Prefeitura de São Carlos, em audiências anteriores, já havia se colocado à disposição do governo do Estado e das autoridades de segurança pública da cidade para colaborar com a reforma da cadeia, abrigando temporariamente os detentos, desde que houvesse a desativação do prédio e a construção na cidade de um Centro de Ressocialização (CR). Uma das idéias que surgiram para o prédio onde hoje está a Cadeia Pública seria a centralização de diversas forças da Segurança Pública.

“A nossa sugestão é que o prédio possa abrigar a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) e a Delegacia de Investigações (DIG), sem que o prédio volte a ser uma Cadeia Pública, mas que tenha um pequeno número de celas só para presos transitórios”. Sobre a atual situação da cadeia discutida na audiência, Severo afirma que momentaneamente houve um avanço que é a remoção dos presos que estão detidos em condições precárias num prédio sem segurança. “Nós reafirmamos a proposta que já havia sido feita às secretarias de Assuntos Penitenciários e Segurança Pública: a desativação da cadeia de São Carlos com a construção de um CR que tenha em anexo uma detenção provisória”, disse.

O delegado Marcos Borges relembra que a Cadeia Pública de São Carlos está em atividade há mais de 50 anos e hoje vive uma realidade carcerária completamente diferente. “Nós queremos adentrar a cadeia, colocar algumas grades e liberar os investigadores que estão fazendo escolta. Nós temos que vincular a inclusão dos novos presos num CDP que pertence à Secretaria de Assunto Penitenciários e a saída do preso para a rede da COESP é automática”.

O diretor Edmundo Gomes espera que a remoção possa ser feita o mais rápido possível, para que o prédio possa ser reformado. “A cadeia está praticamente destruída, com a estrutura muito abalada, e toda a Polícia Civil está empenhada em fazer a vigilância externa, a guarda das muralhas. Por isso, há a necessidade premente de remoção antes que ocorram incidentes de maior proporção”.

(08/08/06)

 
 

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