» CAMPANHA INTENSIFICA A VACINAÇÃO CONTRA A HEPATITE B PDF Imprimir E-mail



A Vigilância Epidemiológica de São Carlos, por orientação da Secretaria Estadual de Saúde, está realizando neste mês uma campanha de intensificação à vacinação contra a hepatite B. Vale ressaltar, no entanto, que essa vacina é de rotina na rede municipal de saúde e pode ser tomada em qualquer período do ano. Como a vacina é dirigida a crianças e adolescentes até 19 anos, o mês de julho é um período apropriado para intensificar a campanha por se tratar de férias escolares, quando os estudantes têm mais tempo para se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

A Vigilância Epidemiológica de São Carlos recebeu 4 mil doses da vacina, que é feita em três etapas. As duas doses seguintes à inicial são aplicadas no período de um e seis meses depois, respectivamente. O motivo da intensificação é resultado de um estudo que mostra que cerca de 6,5 milhões dos 15,3 milhões de crianças e adolescentes do Estado ainda não tomaram as três doses de vacina contra a hepatite B, mesmo sendo disponibilizadas gratuitamente nas unidades de saúde.

“É de extrema importância que as crianças e adolescentes tomem as três doses de vacina porque a hepatite B, que tem como um dos meios de transmissão a relação sexual, é uma doença grave que pode levar à morte. Todas as pessoas menores de 19 anos devem tomar a vacina contra a hepatite B. Ela é de graça e está disponível em todas as UBS”, afirma a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, Edel Zóia.

Hepatite B
Trata-se da mais perigosa das hepatites e uma das principais doenças do mundo, estimando-se que existam 350 milhões de portadores crônicos do vírus. Esses portadores podem desenvolver doenças hepáticas graves, como a cirrose e o cancro no fígado, patologias que matam um milhão de pessoas por ano em todo o planeta. A prevenção é feita por meio da vacina, que tem uma eficácia de 95%.

O vírus é transmitido através de contato com o sangue e fluidos do corpo de uma pessoa infectada, da mesma forma que o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que provoca a Aids, mas o vírus da hepatite B é de 50 a 100 vezes mais infeccioso do que o HIV. Existe também a possibilidade de transmissão de mãe para filho, no momento do nascimento, uma forma de contágio especialmente grave e comum nas zonas hiperendêmicas dos países em desenvolvimento, onde a maior parte dos infectados contrai o vírus durante a infância.

Transfusões de sangue, relações sexuais e procedimentos que envolvem instrumental cirúrgico, odontológico ou injeção contaminados e não esterilizados constituem-se as formas habituais de transmissão. A vacinação contra a infecção pelo vírus da hepatite B é eficiente e não produz reações indesejáveis. A imunização básica é alcançada com 3 a 4 doses; um reforço deve ser praticado a cada 5 anos.

A vacinação é prioritária para crianças e outros grupos humanos mais intensamente expostos ao contágio, tais como profissionais da área de saúde, usuários de drogas injetáveis e aqueles de múltiplos parceiros sexuais. Indivíduos imunizados estão protegidos da infecção e da hepatite B e constituem-se obstáculos à propagação do vírus.

(19/07/06)
 
 

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