» SAMU É APRESENTADO A ENTIDADES |
SAMU é apresentado a entidades.Luis Ribeiro.Armando Polido: “Haverá uma qualificação no atendimento terciário”. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), previsto para ser inaugurado em breve, foi apresentado na segunda, dia 12, no auditório da Santa Casa, à Sociedade Médica, Corpo Clínico da Irmandade, Bombeiros, Policia Militar e Defesa Civil de São Carlos com o objetivo de consolidar a integração do trabalho e compreender como será feito o atendimento de urgência e emergência na cidade a partir da entrada em operação do sistema de regulação de saúde. O coordenador geral do SAMU, Tiago Alves Barbosa, enfatiza que até pelo fato do sistema trabalhar integrado é importante apresentar o sistema antes da entrada em operação do SAMU. “O serviço de atendimento do SAMU é pré-hospitalar e como envolve remoção e o transporte dos pacientes há a necessidade de uma perfeita comunicação entre o hospital e os profissionais que estão atendendo a ocorrência. É uma maneira de se ter uma melhoria global do sistema já que antes mesmo da chegada do paciente, o hospital já terá todos os dados clínicos e as condições de saúde do paciente e, portanto, com melhores condições de preparar todo o cenário favorável ao atendimento”. Para o vice-diretor clínico da Santa Casa, Armando Polido Júnior, com a entrada em operação do SAMU será possível dar um melhor direcionamento ao atendimento de urgência do hospital, aqueles que necessitam do atendimento terciário hospitalar tanto de urgência médica quanto de urgência hospitalar de terapia intensiva. “Esse é o objetivo da Santa Casa: participar da organização do atendimento de saúde da cidade com uma melhor integração entre os sistemas primário, secundário e o terciário que se estrutura para atender o que é de sua característica e de sua responsabilidade”. Luis Fernando Ribeiro, presidente da Sociedade Médica de São Carlos, explica que todo o processo de apresentação e entrada em operação do sistema é muito produtivo porque a discussão traz subsídios e pode fazer com que o sistema seja aperfeiçoado. “A grande vantagem do SAMU é o direcionamento dos pacientes de acordo com a gravidade e você ter um regulador no primeiro contato é fundamental para colocar o paciente numa hierarquia muito diferente de casos complexos em que o atendimento tem que ser imediato e feito por pessoas que conheçam as patologias; a cidade vai ganhar muito com isso”. O diretor de Atenção Hospitalar da secretaria municipal de Saúde, Adriano Marinovic, antecipa que haverá inclusive uma melhoria na comunicação com a Santa Casa “nós já temos a idéia de colocar uma linha telefônica direta do SAMU com a Santa Casa, para uniformização das informações sobre o tipo de atendimentos e vagas nos setores, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conseguindo com isso o correto direcionamento e atendimento do paciente”. Treinamento Profissionais durante cursos de Regulação Médica.Zilda Barbosa.Fachada do SAMU. Paralelo ao processo de apresentação do sistema, outra preocupação da secretaria municipal de Saúde, em parceria com a Escola Municipal de Governo, (EMG) tem sido o treinamento dos profissionais que vão atuar no SAMU. Para isso, no último final de semana, a médica sanitarista do Ministério da Saúde, Zilda Barbosa ministrou o curso de regulação médica das urgências para cerca de 50 profissionais entre médicos reguladores, intervencionistas, telefonistas auxiliares de regulação médica (TARM), operadores de rádio, coordenadores, enfermeiros com o objetivo de capacitar os profissionais para a Regulação Médica das Urgências e inserção destes profissionais na rede de atenção ao atendimento. A didática do curso compreendeu a atenção às urgências no atual contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), antecedentes históricos, a regulação médica, avaliação multifatorial do grau de risco, transferências e transporte inter-hospitalar, noções de atendimento a desastres, catástrofes e acidentes com múltiplas vítimas e a política nacional de humanização, entre outras pontuações. Zilda Barbosa explica que o SAMU é encantador tanto para a equipe quanto para a população, mas é preciso saber que “fazer um atendimento de urgência hospitalar é muito diferente de fazer o atendimento nos cenários desfavoráveis do ponto de vista técnico como a remoção de rua ou casa do paciente. É preciso também fazer o uso racional do sistema porque o SAMU não pode ser confundido com um simples serviço de despacho de ambulâncias. A regulação é a menina dos olhos do serviço para que ele possa funcionar direito”, finalizou. (14/06/06) |