» ESCOLAS DA PREFEITURA OFERECEM AULAS DE XADREZ PDF Imprimir E-mail



Neste ano, os alunos das Escolas Municipais de Educação Básica (EMEBs) iniciaram o aprendizado do xadrez com professores de Educação Física da Secretaria de Esportes e Lazer, especializados em jogos de tabuleiro. As classes de 3ªs séries das EMEBs “Maria Ermantina Tarpani”, no Botafogo, e “Antônio Stella Moruzzi”, no Tangará participaram das aulas, que têm duração de dois meses. Em diversos países do mundo como Rússia, França, Inglaterra, Argentina, Cuba, Espanha, México e Venezuela, entre outros, o xadrez é utilizado nas escolas com base em pesquisas educacionais e sociológicas que atribuem vários benefícios ao jogo.

“A experiência deu tão certo que um aluno da Antônio Stella Moruzzi ficou como monitor do grupo de alunos que continua jogando xadrez”, explicou um dos professores da Assessoria de Educação Física e Recreação da Secretaria de Educação e Cultura, Wagner Bellasalma. “Nosso objetivo é realizar a modalidade esportiva propriamente dita e incentivar o uso da matemática para desenvolver o raciocínio lógico do aluno. E é claro que como em toda modalidade esportiva as crianças aprendem a respeitar regras e o adversário”, disse o professor Vicente Martins, entre uma aula e outra de xadrez.

A Federação Brasileira de Xadrez, baseada em pesquisas desenvolvidas desde o início do século 20 em várias partes do mundo, afirma que o aprendizado de xadrez é uma atividade lúdica com base matemática, que é a linguagem do pensamento organizado. Além disso, o jogo estimula o desenvolvimento de habilidades como atenção, memória, inteligência e imaginação. As primeiras noções sobre xadrez são ensinadas na sala de aula usando o tabuleiro magnético. Depois os futuros enxadristas jogam de verdade.

“A concentração no xadrez é mental, já que ele simula uma batalha medieval. Então, as crianças continuam ativas não com o corpo e sim com a mente. O xadrez só parece ser um jogo calmo, na verdade é um jogo de pressão psicológica”, disse o professor. A professora Flávia Andréa L. Mota, da 3ª série A da EMEB “Angelina D. Melo”, também assiste às aula. “Os alunos estão muito motivados e foi possível perceber que eles passaram a pensar antes de responder às perguntas. Essa mudança já foi possível perceber”, afirmou a professora, que também quer aprender a jogar.

“Quando você ensina um jogo em que a pessoa deve prestar atenção e responder as perguntas só depois de refletir bem, na verdade você está ensinando a avaliar as conseqüências do seu ato. Isso, na minha opinião, é o grande ponto do xadrez escolar: pensar nas conseqüências das ações. Ensinar a criança a ser um cidadão”, finalizou Vicente Martins.

(02/06/06)
 
 

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