» ASSINADO CONTRATO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO PDF Imprimir E-mail

Ao lado de diversas autoridades, o prefeito Newton Lima assinou contrato com o consórcio de empresas que venceu a licitação internacional para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto Monjolinho. O projeto foi concebido pelo Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo e acompanhará o crescimento demográfico da cidade pelo período de 50 anos. A previsão é de que a obra seja concluída em 2007.




ESTAÇÃO TRATATÁ 100% DO ESGOTO DO MUNICÍPIO

“Temos uma expectativa muito grande em entregar a essa cidade a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em novembro de 2007”, disse o prefeito Newton Lima ao se pronunciar na solenidade de assinatura do contrato de construção da ETE Monjolinho, que aconteceu na manhã desta quarta, dia 31, no Salão Nobre do Palacete Conde do Pinhal. Diversas autoridades estiveram presentes, entre elas o diretor-presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Jurandyr Povinelli, o vereador Lineu Navarro, representando a Câmara Municipal, vários secretários municipais e o diretor da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), Francisco Rocco Lahr, acompanhado de vários professores.

Em sua fala, o prefeito disse que solicitou o empenho dos empresários, representantes das empresas que compõem o consórcio vencedor da licitação, para que a obra seja concluída em novembro de 2007. “Eles garantiram que irão trabalhar nessa direção”, destacou. Já o diretor-presidente do SAAE frisou que a assinatura do contrato é “um gigantesco passo para a concretização do nosso sonho”, referindo-se ao convite que Newton Lima, recém eleito em novembro de 2000, fez para que ele assumisse a diretoria do SAAE e para que construísse a ETE. “Naquela época o prefeito me disse que queria saldar a dívida ambiental de São Carlos”.

Povinelli também ressaltou a importante participação do Departamento de Hidráulica e Saneamento da USP que se dedicou inteiramente na elaboração do projeto. “Alguém trabalhou no início, fez um estudo de alternativas, apontou caminhos”, disse citando entre outros professores José Roberto Campos e Luiz Antônio Daniel. “Se hoje São Carlos é conhecida como Capital da Tecnologia, ela será também um modelo em saneamento ambiental”, finalizou Povinelli, lembrando que além da construção da ETE uma série de obras de infra-estrutura serão realizadas para levar o esgoto até a Estação de Tratamento, como a construção do emissário que deve iniciar em breve e que consumirá cerca de R$ 2,1 milhões, sendo R$ 900 mil da bancada paulista e R$ 1,3 milhões do SAAE.

O prefeito salientou a importância da obra, que irá utilizar cerca de 300 funcionários. “Os representantes das empresas se comprometeram a recrutar mão-de-obra local e, inclusive, estimular os fornecedores para que façam o mesmo”, comentou. Newton Lima fez questão de registrar vários fatores que possibilitaram a assinatura desse contrato que dará ao município, em 150 anos de vida, a primeira Estação de Tratamento de Esgoto que tratará 100% do esgoto. “Não estaríamos assinando esse contrato se o presidente Lula não tivesse renegociado os acordos internacionais, pagando a dívida com o Fundo Monetário Internacional, e retirado os investimentos para Saneamento e Habitação do cálculo do superávit primário”, destacou, lembrando que antes não havia financiamento para esse tipo de obra.

“Nosso município, como boa parte dos municípios brasileiros, não possuía recursos para esse tipo de obra”, lembrou, citando também a taxa de juros de 6,5% ao ano, mais TR, desse tipo de financiamento realizado pelo Ministério das Cidades, via Caixa Econômica Federal. A caderneta de poupança é remunerada à taxa de 6% ao ano, mais TR. “Não também não teríamos todos os recursos se a FUNASA [Fundo Nacional da Saúde] não tivesse liberado os R$ 900 mil da bancada paulista”, ressaltou. Segundo o prefeito, a FUNASA só liberou os recursos devido a um entendimento do Ministério da Saúde de que recursos investidos em saneamento melhoram a saúde.

Newton Lima registrou que sem os certificados de adimplência que São Carlos possui, graças ao trabalho de organização das finanças públicas municipais, não seria possível conseguir crédito e nem financiamento para uma obra tão importante como a ETE. “São Carlos é a 27ª cidade do país que mais paga dívida, a frente de algumas capitais”. O prefeito finalizou dizendo que no início do próximo ano a cachoeira do Monjolinho já deverá estar despoluída, o que viabilizará um grande trabalho de recuperação para tornar aquele local um atrativo turístico, já que lá existe a segunda mais antiga Hidrelétrica da CPFL. “Portanto, com a construção da ETE iremos dar um salto no nosso currículo melhorando nossa classificação junto a Embratur”, concluiu.

Contratos
Foram assinados dois contratos visando à construção da futura Estação Tratamento de Esgoto (ETE) Monjolinho. O primeiro foi com a empresa Serviços de Engenharia Consultiva Ltda. (Serec), responsável pela execução e gerenciamento da obra. O segundo foi com o consórcio Delta Araguaia, responsável pela construção da Estação.

Com sede em São Paulo, a Serec fiscalizará e acompanhará o ritmo construtivo da obra, com o intuito de evitar possíveis transtornos técnico-operacionais que possam acontecer durante o processo. O valor do contrato é de R$ 740 mil para a elaboração do projeto executivo, mais R$ 630 mil pelo sistema de gerenciamento, totalizando R$ 1,37 milhão. Em comparação ao orçamento estimado pelo Departamento de Planejamentos e Projetos (DPP) da autarquia foi alcançada uma economia de 9,5%.

O consórcio Delta Araguaia, estabelecido no Rio de Janeiro, construirá a ETE pelo valor de R$ 25.214.149,98. Em comparação ao orçamento de R$ 27 milhões foi atingida uma redução de 7%.

(31/05/06)
 
 

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