» CAMPANHA PARA A DETECÇÃO DA ANEMIA FALCIFORME CONTINUA NESTA SEMANA
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Neste sábado, dia 27, a Prefeitura, por meio das Secretarias Municipais de Saúde e de Cidadania e Assistência Social, em parceria com a APAE de São Paulo, deu início à campanha da hemoglobinopatia (HB) para a detecção da “anemia falciforme”. A campanha foi realizada na Praça Maria Apparecida Rezitano, em frente ao Mercado Municipal, e no bairro Dom Constantino Amstalden (São Carlos VIII), com o apoio da Prohab. Durante a Ação Comunitária no domingo, no bairro Cidade Aracy, a campanha prosseguiu.

O trabalho, que é pioneiro no Estado de São Paulo para cidades acima de 200 mil habitantes, consiste na coleta de sangue em pessoas acima de 5 anos de idade e envio desse material à APAE em São Paulo para detecção da existência de traço falciforme. A anemia falciforme é uma doença hereditária e fácil de ser diagnosticada. Mais comum entre os afro-descendentes, a anemia falciforme causa muito sofrimento se não for descoberta.

O doente falciforme precisa herdar as alterações genéticas sanguíneas do pai e da mãe. Quando herda de apenas um deles, a pessoa possui o que os médicos chamam de traço falcifórmico, ou seja, não há complicações, mas os problemas podem ser repassados aos filhos. Os principais sintomas da anemia falciforme são: palidez, olhos amarelados, baixa estatura, cansaço, baixa resistência em atividades físicas e dores pelo corpo. Quem apresenta os sintomas precisa, além das vacinas do calendário, ser imunizado contra a hepatite B, pneumococos e meningite C.

Segundo o diretor de Atenção Básica de Prefeitura, Natanael Alves da Silva, trata-se de um exame bastante simples. “Basta coletar uma pequena quantidade de sangue e pingar algumas gotinhas num papel-filtro que posteriormente será encaminhado para o laboratório da APAE. Em 45 dias sai o resultado do exame e a pessoa poderá pegá-lo na unidade de saúde mais próxima de sua casa”, disse.

A campanha continua durante nesta semana. Até sexta, dia 2, a coleta será feita em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Saúde da Família (USF). Não é preciso levar carteira de vacinação. Lucélia Aparecida Porto fez o exame e acha importante esse tipo de campanha. Ela se mostrou feliz por estar colaborando com a campanha, uma vez que cedeu sua casa para a realização dos exames. “Eu e minha família fizemos o exame. Nós fomos orientados quanto à importância desse exame que pode ajudar a detectar se temos ou não essa anemia”, finalizou.

Marcos Antonio Santana fez o exame juntamente com a mulher e os quatro filhos pequenos. “Eu acho que todo mundo deveria fazer esse exame, pois nós não sabemos lidar com a doença. Caso algum de nós tenha essa anemia fica mais fácil a partir de agora fazer o tratamento”, mencionou. Segundo a chefe de Seção de Combate ao Racismo da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, Keila Maria Cândido, a intenção é realizar aproximadamente 10 mil exames até o final da campanha.
Keila explica que em caso de resultado positivo uma equipe de acolhimento vai trabalhar com a família do doente, dando orientação correta de como tratar esse diagnóstico. “Se for detectado apenas o traço falcêmico é algo mais simples, mas caso a pessoa seja portadora da anemia falciforme será necessário um tratamento específico através de medicamentos”, explicou.

(30/05/06)
 
 

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