» CAMPANHA DA HEMOGLOBINAPATIA COMEÇA NESTA QUINTA PDF Imprimir E-mail

Nesta quinta, dia 25, às 19h30, no auditório do Campus I da Fundação Educacional São Carlos (FESC), acontece a abertura da campanha de detecção da “doença falciforme”, com a palestra “Saúde da População Negra”, a ser proferida por Roger Willians Ferreira do Nascimento, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). A campanha está sendo realizada por meio de uma parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, e a APAE de São Paulo com o apoio da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, e tem por objetivo detectar a existência de traço falciforme na população de São Carlos.

A identificação de hemoglobinopatias já é realizada em bebês desde 2001, no exame “teste do pezinho”. Esse trabalho que será desenvolvido agora, pioneiro no Estado de São Paulo para cidades acima de 200 mil habitantes, pretende, durante a campanha, coletar em São Carlos cerca de 10 mil exames. A média da instituição paulista aponta que para cada 27 nascidos existe um traço falciforme. À medida que se identificar os resultados positivos, a Secretaria Municipal de Saúde fará um trabalho de orientação da família, enfatizando que o traço falciforme não é uma doença, mas uma prevenção para a sua existência.

A principal ação da Campanha da Hemoglobinapatia (HB) será a realização dos exames que terão como público alvo a população de uma maneira geral, de qualquer raça, a partir dos 3 anos de idade. A coleta de sangue acontece neste sábado, dia 27, às 8h, na Praça Cida Rezitano, em frente ao Mercado Municipal, e no bairro Dom Constantino Amstalden (São Carlos 8), no domingo, dia 28, das 8h às 17h no CAIC do Cidade Aracy, durante o evento “VIII Ação Comunitária”, e no período de 29 de maio a 2 de junho em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Saúde da Família (USF). Não é preciso levar carteira de vacinação.

Os casos normais, de acordo com Pedro Luiz Gramani, representante da APAE-SP, “serão encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde para serem devolvidos aos usuários, e os positivos serão enviados para a Secretaria Municipal de Saúde, onde profissionais das unidades de saúde farão um rastreamento junto aos parentes mais próximos, pais, irmãos, tios, primos, sobrinhos, entre outros. O Ministério da Saúde determina que uma vez detectado o traço seja feita a orientação da família, porque ele não é uma doença, e o risco só passa a ser maior para o surgimento da doença quando há o casamento de duas pessoas portadoras do traço falciforme, daí a importância do rastreamento”.

A partir de um exame bem simples, com a coleta de 0,3 miligramas de sangue, é possível identificar a anemia falciforme, talacemias e o traço falciforme. As análises serão feitas no laboratório da APAE-SP, considerado o melhor em triagem neo-natal da América Latina e um dos três maiores do mundo. Natanael Alves da Silva, diretor de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde, explica que o trabalho de prevenção é uma proposta contínua da secretaria e esse trabalho é muito importante porque vai fazer em larga escala o diagnóstico de doenças falcêmicas. “Esta identificação de ser portador ou traço permite o estabelecimento de estratégias para atender os doentes e evitar novos casos, com orientação sobre o planejamento familiar”.

Programação:
• 25 - 19h30 na Fundação Educacional São Carlos (FESC) – Abertura da campanha com a palestra “Saúde da População Negra”, com Willians Ferreira Nascimento, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).
• 27 - 8h – Início da coleta de exames em dois locais: na Praça Cida Rezitano, em frente ao Mercado Municipal, e no canteiro de obras do bairro Dom Constantino Amstalden (São Carlos 8).
• 28 - das 8h às 17h – Coleta de exames no CAIC do Cidade Aracy durante o evento “VIII Ação Comunitária”.
• 29/05a 02/06 – Coleta de exames nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF).

Anemia falciforme e Traço falciforme
É uma alteração na composição sanguínea que leva à formação de uma hemoglobina anormal chamada de S. Ela passa dos pais para os filhos e altera os glóbulos vermelhos, que são células do sangue. Existem milhões dessas células por todo o corpo e dentro delas há um pigmento chamado hemoglobina que dá a cor vermelha ao sangue e também transporta o oxigênio do ar que respiramos para todas as partes do corpo.

A maioria das pessoas recebe de seus pais hemoglobina normal chamada hemoglobina A. Como recebe uma parte da mãe e outra do pai, cada pessoa é AA. As pessoas com anemia falciforme recebem de seus pais uma hemoglobina anormal chamada hemoglobina S. Como recebem uma parte do pai e outra da mãe, elas são SS. O glóbulo vermelho com hemoglobina S pode ficar com forma de meia-lua ou foice, daí o nome de falciforme.

Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia hemolítica – a pessoa apresenta-se pálida e com icterícia (branco do olho amarelo). A anemia falciforme é mais freqüente na população negra e seus descendentes, mas ocorre também em brancos. A anemia falciforme não é contagiosa e as pessoas portadoras necessitam de cuidados especiais de saúde desde a infância.

Já o traço não é uma doença. Significa que a pessoa herdou de seus pais a hemoglobina A e S. Como recebeu um tipo da mãe e outro do pai, é AS, ou seja, uma pessoa saudável podendo levar uma vida normal. É importante saber: filhos de duas pessoas com traço falciforme podem nascer com anemia falciforme, daí a importância de fazer exame (eletroforese de hemoglobina) do futuro parceiro.

(25/05/06)
 
 

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