» CASOS DE HEPATITE B CAEM 73 % EM SÃO CARLOS PDF Imprimir E-mail

A vacina contra a hepatite B está implantada na rotina de vacinação para menores de um ano desde 1995. Em 1999, foi ampliada a faixa etária de indicação para até 14 anos e em 2001 para até 19 anos. Em São Carlos, a vacinação promovida pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, tem alcançado resultados muito positivos. Em 2002, foram registrados 44 casos da doença, enquanto no ano passado houve apenas 12 casos, o que representa uma queda de 73%.

A vacina contra a hepatite B está disponível em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS), mas apenas é aplicada gratuitamente em jovens de até 19 anos e em pessoas pertencentes ao grupo de risco, como podólogos, profissionais de saúde, profissionais do sexo, vítimas de abuso sexual, portadores do vírus HIV, doadores regulares de sangue, transplantados, coletores de lixo, policiais civis e militares, pacientes em tratamento de hemodiálise, além de algumas indicações médicas. “São as pessoas que lidam diretamente com sangue e secreções”, explica Edel Zóia chefe da Vigilância Epidemiológica de São Carlos. A definição do público segue as normas do Ministério da Saúde.

Existem três tipos de vírus: o tipo A, mais freqüente e mais brando, atinge as crianças; o B, mais agressivo e resistente que o vírus da AIDS; e o C, que é o mais grave e pode tornar-se crônico. Até 2000, a hepatite não era uma doença de notificação compulsória, sem a obrigação de notificar casos suspeitos ou confirmados. A rede pública não dispõe de rotina a vacina contra as hepatites A e C, mas “aqueles que tiverem uma indicação médica também serão avaliados”, ressalta Edel.

A hepatite é uma inflamação no fígado que compromete as funções normais. Em 80 % dos casos, a infecção pelo vírus B é assintomática, ou seja, a pessoas adquire a doença e não sente nada. A transmissão ocorre principalmente através de relações sexuais e da exposição a agulhas ou outros instrumentos contaminados, como os utilizados para fazer tatuagens, piercing, perfuração da orelha ou ainda o uso compartilhado de agulhas por usuários de drogas. Pode haver também transmissão de mãe para filho, no parto, e entre pessoas que moram na mesma casa.

A doença
As hepatites são doenças causadas por vírus que acometem milhões de pessoas em todo o mundo e constituem um grave problema de saúde pública. Uma boa parte dos casos pode ser evitada conhecendo-se o modo de transmissão e pela utilização de vacinas.

Hepatite viral
É uma inflamação do fígado causada por vírus. Atualmente, são conhecidos os seguintes vírus: A, B, C, D (Delta), E, e G. Os mais conhecidos e comuns são os três primeiros. Alguns vírus, causadores de outras doenças, não considerados “vírus de hepatite”, também podem provocar inflamação do fígado (hepatite), assim como o vírus da Mononucleose Infecciosa, o Citomegalovírus e o da Febre Amarela. Apesar de geralmente ser associado à infecção viral do fígado, o termo hepatite também é utilizado em outras situações, onde não há o contágio, como por exemplo, hepatite tóxica, hepatite alcoólica, hepatite granulomatosa, hepatite auto-imune, etc.

Sintomas
Os sintomas que caracterizam o quadro clínico de hepatites agudas virais são bastante semelhantes e independem do tipo de vírus envolvido. Na fase inicial, o paciente apresenta um quadro de mal-estar geral, que pode vir acompanhado de febre baixa, dores nas articulações, náuseas, vômitos e perda de apetite. Algumas vezes, há também sinais de infecção das vias respiratórias, assemelhando-se a um estado gripal.

Em alguns pacientes, a doença manifesta-se por icterícia clássica evidenciada pela coloração amarelada dos olhos, da pele e mucosas, a urina se torna escura, as fezes ficam mais claras e o exame físico evidencia fígado aumentado e doloroso à palpação. O período de icterícia dura em geral de quatro a seis semanas. Na fase de convalescença, os sintomas desaparecem e os exames laboratoriais tendem à normalização, que em geral ocorre até o quarto mês.

Muitas vezes, estes sintomas estão ausentes ou são tão discretos que passam despercebidos e o diagnóstico é feito posteriormente, quando o paciente realiza exames de rotina e descobre que tem ou teve hepatite. A única maneira de saber com segurança qual o tipo de hepatite é através dos exames de sangue específicos. Os portadores crônicos das hepatites B e C geralmente são assintomáticos, a não ser em estágios mais avançados da doença, quando se manifestam graves sinais clínicos da doença.



(03/05/06)
 
 

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