» ESCOLAS MUNICIPAIS DISCUTEM DISCRIMINAÇÃO NO DIA DO ÍNDIO PDF Imprimir E-mail



Em comemoração ao Dia do Índio, nesta quarta, dia 19, as escolas municipais de São Carlos promoveram atividades abordando a discriminação sofrida pelos índios e a vida e os costumes desse povo. Boa parte das unidades escolares, administradas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, iniciaram os debates já na terça, dia 18. Uma delas foi a EMEI “Carmelita Rocha Ramalho”, na Vila Prado, onde as crianças puderam pesquisar sobre o índio brasileiro, produzindo desenhos, maquetes históricas e peças usando o material disponível na escola.

Todas as turmas trabalharam o tema e as três salas da escola que atendem crianças de 5 anos uniram-se para estudar em grupo. “Elas estão acostumadas a trabalhar, a brincar juntas. Então estudamos por que tem oca redonda e outras pontudas, definimos o que poderíamos produzir e com quais materiais com a participação de todos os alunos”, explicou uma das professoras, Silvia Ferreira Medeiros. No final da tarde, as crianças estavam tentando fazer uma tanga.

A orientação dada aos professores para a mudança nas atividades do Dia do Índio começou no planejamento pedagógico realizado no início do ano e organizado pela Secretaria de Educação e Cultura através da assessoria de Educação Étnico-Racial. Os educadores trocaram as habituais pinturas no rosto e a montagem de cocares pelos debates de hoje.

“Quando falamos sobre a raça branca não a tratamos homogeneamente. Falamos dos europeus, dos asiáticos. Deixamos claras suas diferenças. Não discriminar é isso. Assim devemos fazer também com o índio. Mostrar que existem várias tribos, que não são todos que falam guarani ou tupi, que o cocar não é usado todo dia, e que são diferentes de acordo com a ocasião”, explicou a assessora de Educação Étnico-racial, Regina Conceição.

Ela afirmou ainda que é importante posicionar historicamente a cultura indígena e informar também qual a situação do indígena brasileiro hoje. “Existem escolas bilíngües no Mato Grosso onde crianças de tribos locais aprendem português e o idioma da sua tribo, e também universidades indígenas. Tudo para que o cidadão seja brasileiro sem perder sua identidade como índio e as diferenças características”, completou.

(19/04/06)
 
 

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