» PROJETO DE RESSOCIALIZAÇÃO COMPLETA DOIS ANOS DE SUCESSO
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Reeducandos em várias atividades na fábrica da Prohab.
Bloquetes reciclados. O projeto Reeducandos, desenvolvido pela Progresso e Habitação São Carlos (Prohab), completou dois anos no mês de março. Detentos da penitenciária “Dr. Antonio de Queiroz Filho”, de Itirapina, que cumprem pena em regime semi-aberto, participam do programa prestando vários serviços. Em troca, recebem um salário mínimo e a diminuição da pena total: três dias de trabalho equivalem à redução de um dia. “Além de ocupar o seu dia envolvido em atividades que beneficiam toda a comunidade, o reeducando adquire uma excelente capacitação profissional, pois recebe um minucioso treinamento antes de executar as obras e projetos”, descreve o diretor-presidente da Prohab, Eduardo Cotrim.

Sem o registro de qualquer ato de indisciplina durante este período, os reeducandos estão distribuídos nas operações da Fábrica de Artefatos de Cimento e da Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil. A usina recicla cerca de 160 toneladas de resíduos de construção por dia, que servem para a fabricação de blocos, canaletas e bloquetes para pavimentação, atendendo órgãos públicos, igrejas, escolas e loteamentos sociais. “Este projeto já beneficiou 110 detentos, cuja dedicação e vontade de aprender são os pontos de destaque”, elogia o gerente Industrial da Prohab, engenheiro Samir Fagury.

Além de trabalharem nas unidades fabris da Prohab, os reeducandos também participam do programa Moradia Solidária realizado no loteamento social do São Carlos VIII, futuro bairro Dom Constantino Amstalden. Em sistema de mutirão, os detentos estão auxiliando as famílias contempladas na construção de 224 moradias. São executadas diversas tarefas, como alvenaria, madeiramento e reboco. “A colaboração deles está permitindo um melhor ritmo das obras, melhorando bastante a qualidade das unidades habitacionais”, observa o gerente de Projetos e Programas Habitacionais da Prohab, arquiteto Fernando Grande.

Em razão do sucesso deste projeto, a Prohab está firmando um convênio com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, visando à utilização da mão-de-obra de cidadãos são-carlenses que foram punidos por crimes leves, em que não houve a necessidade de prisão. “Existe muito preconceito relacionado com estes programas de reinserção social, mas a reintegração de um indivíduo na sociedade através da profissionalização e educação consiste no caminho mais seguro em recuperar sua honra e dignidade”, conclui Cotrim.

(03/04/06)
 
 

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