» PACIENTES DO CAPS FAZEM CURSO DE MARCENARIA NO CENTRO COMUNITÁRIO DO PACAEMBU PDF Imprimir E-mail

Pacientes do CAPS durante a aula de marcenaria.
Professor Lima: eles fazem parte da sociedade. O Centro Comunitário do Pacaembu conta nesse semestre com a participação de alunos especiais, pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), da Prefeitura de São Carlos. Só no Pacaembu, 18 pessoas estão freqüentando um dos cursos disponíveis, o de marcenaria, mas outros usuários estão nos centros fazendo diferentes cursos.

“Eu moro aqui perto e gosto muito de participar. Faz muito bem pra gente, já consegui fazer um banquinho e minha família achou bonito”, declarou Cleiton de Souza Antônio, de 26 anos, um dos usuários do CAPS.

A saúde mental vive hoje uma mudança de modelo, um momento comunitário, com menos internações e mais ações de reabilitação. “São Carlos tem um grande privilégio, porque os centros comunitários são centros de convivência e agora estamos aproveitando esses espaços também. Você não constrói saúde mental sozinho, estamos em parceria com as Secretarias Municipais de Cidadania, Educação, Ciência e Tecnologia, além, claro, da Secretaria de Saúde”, explicou a coordenadora do CAPS, Iolanda Barbério.

O Centro de Atenção Psicossocial foi implantado em 2001 com o objetivo de cuidar da saúde mental, promovendo a cidadania das pessoas que estão em sofrimento psíquico. O atendimento aos pacientes é feito em conjunto com os ambulatórios das Regionais de Saúde (Vila São José, Aracy, Vila Isabel e Santa Felícia), com a orientação de, dependendo da gravidade do caso, encaminhar o paciente ao CAPS. A coordenadora explicou que dentro do processo de reabilitação não existe uma ação mais importante que outra, tudo se completa e o fruto desse trabalho é a redução no número de internações dos pacientes.

“Há três anos participo do CAPS, antes precisava ficar internado com muita freqüência e agora, nesse período que estou aqui, não precisei ficar em hospital”, contou empolgado José Antônio Lobato, de 54 anos.

Para Antônio Carlos de Lima, professor que há 10 anos dá cursos nos centros comunitários, a satisfação é muito grande, um retorno imediato. “É a primeira vez que tenho alunos especiais. Está valendo a pena, afinal eles são parte da nossa sociedade e merecem esse espaço e oportunidade”, garante.

A equipe do CAPS, formada por professores, psiquiatras e terapeutas ocupacionais, atende diariariamente cerca de 140 usuários que participam de forma individual ou em grupo. “A nossa missão é a reconstrução da cidadania e a reabilitação psicossocial dos nossos pacientes mentais, e a vinda deles aqui pro centro comunitário está colaborando muito. É uma maneira de incluí-los na sociedade, para uns é um espaço de convivência e para outros uma forma de geração de renda”, afirmou Iolanda.

O CAPS atende na rua Riachuelo, 171, no centro. Outras informações pelo telefone 3372.3111.

(16/03/06)
 
 

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