» ESPECIALISTA DO MEC TREINA PROFESSORES DA PREFEITURA EM TECNOLOGIA ASSISTIVA
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Os professores de Educação Especial aprenderam a utilizar programas de computador com orientações da especialista em tecnologia assistiva.
A Prefeitura de São Carlos trouxe para trabalhar com os professores de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação e Cultura uma especialista em tecnologia assistiva do Ministério da Educação (MEC), para aprofundar a qualidade de atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais da rede municipal.

De acordo com o Ministério da Educação, a tecnologia assistiva pode ser definida como “qualquer item, peça de equipamento ou sistema de produtos fabricado em série, modificado ou feito sob medida, que é usado para aumentar, manter ou melhorar habilidades de pessoas com limitações funcionais, físicas ou sensoriais”. Segundo Rita Bersch, coordenadora do Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil de Porto Alegre e membro do Programa de Educação Inclusiva, Direito à Diversidade da Secretaria de Educação Especial do MEC, para a formação de professores em tecnologia assistiva, o termo significa “...recursos e serviços destinados a pessoas com deficiência no sentido de desenvolver habilidades”.

“Pra nós, a aplicação da tecnologia facilita a vida. Para a pessoa com deficiência, ela torna viáveis as ações. As coisas passam a ser possíveis”, conclui. Os 25 professores efetivos de Educação Especial da rede municipal de educação participaram de reuniões para conhecer quatro modalidades da tecnologia assistiva: material escolar e pedagógico adaptado, que trabalha com alta e baixa tecnologia – esta última inclui o uso de sucata e muita criatividade, como o velcro no canto da página para que o aluno possa virar a página mesmo tendo dificuldades graves de mobilidade; informática acessível, que é a construção de ferramentas pedagógicas criadas pelo professor de acordo com o projeto pedagógico da escola e as necessidades participantes da classe; comunicação alternativa que é a reabilitação de crianças com deficiência física grave e sem comunicação; adequação postural, que busca soluções para a postura do aluno em sala de aula. É que nos casos de deficiência física grave se a criança não estiver segura quanto à posição do corpo, ou se ela não tem contato visual com o que acontece na sala, não se concentra nem aprende.

Segundo a orientadora do MEC, a alta tecnologia desenvolveu-se acentuadamente na comunicação alternativa: “Me tirem tudo mas não me tirem a comunicação. Se eu puder me comunicar de alguma forma as coisas podem chegar a mim”. Para desfazer esse abismo entre o portador de necessidade especial e o mundo foram desenvolvidos vários equipamentos. Entre eles as pranchas de comunicação, os vocalizadores que são equipamentos de transformam a mensagem em som e a produção escrita em voz. Já comuns até são os recursos para cegos, adaptação de veículos, programas que possibilitam o uso do computador a ponto de exigir apenas que o usuário tem de estar alerta, consciente.

Resultados positivos – Recente no Brasil, a introdução da tecnologia assistiva foi incrementada inserindo na educação pública. O volume cresce até porque os educadores não conheciam. Algumas cidades já implantaram, como o Rio de Janeiro e Florianópolis. E os resultados são positivos. Como o de um garoto que estava em escola especial quando não morava em Florianópolis e que, com paralisia cerebral, baixíssima visão e sem comunicação, recebeu atendimento com a tecnologia assistiva e agora freqüenta a 4ª série, aprendendo a escrever, participando dos projetos de ecologia.

“Temos casos de portadores de deficiência que iniciaram a utilização dessa comunicação alternativa em 79 e hoje são jornalistas, escritores. Esses são os resultados que já podemos apontar. Essas histórias vão se multiplicar. Não é nossa intenção normalizar ninguém, o que fazemos é dar condições para que as habilidades sejam utilizadas”, explica a especialista.

A tecnologia assistiva aponta para uma vida independente. Cada um chegando ao máximo do seu potencial, assim como acontece com as pessoas que não são portadoras de nenhuma necessidade especial. É uma nova cultura em que o Brasil ainda está se iniciando. Pela comunicação eles poderão dizer do que são capazes, o que querem e como. E para tanto o professor precisa desse respaldo da capacitação para participar ativamente.

(13/03/06)

 
 

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