» REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO TEM 80% DE MULHERES NO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS PDF Imprimir E-mail


A professora Marilena trabalha no programa Recreação.

“Sou uma mulher realizada, sim.” Esta foi a resposta mais rápida que a professora Marilena Cunha Petroni deu durante a entrevista. Ela tem 48 anos de funcionalismo municipal e é a funcionária com maior tempo de serviço na Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Ela fundou a primeira academia de dança da cidade, mas com seis filhos precisou fechar a escola. Alguns anos depois começou a dar aula de dança nas escolas da Prefeitura, inclusive no Parque da Vila Nery, como era conhecida a EMEI “Cônego Manoel Tobias”, onde Marilena trabalha até hoje.

No início dos anos 80 ela treinou um grupo de crianças em exercícios básicos de ginástica olímpica e daí para frente passou a dar aulas de Educação Física. “Quando eu chegava para trabalhar as crianças diziam que queriam o balé de colchão, como elas chamavam a ginástica olímpica”, conta a professora. A partir de então ela passou a dar aulas de Educação Física e hoje é responsável por uma das turmas de recreação, onde está, inclusive, um de seus netos.

A educação é feminina – Para responder o que melhorou profissionalmente no decorrer desses anos para a mulher, Marilena pensou bastante: “A profissão de educador não causava estranheza ao ser exercido por uma mulher. A educação sempre esteve nas mãos das mulheres. Antigamente ser professor era importante, era mais valorizado. Agora, nem tanto”, diz.

Na Secretaria de Educação e Cultura, dos 1.350 profissionais contratados apenas 270 são homens. Aproximadamente 80% são professoras, diretoras, merendeiras. Segundo a professora Marilena Cunha Petroni, hoje além do trabalho e da família a educadora precisa freqüentar cursos, assistir a palestras, participar de reuniões, aumentando o tempo em que fica longe dos filhos e da família. “A mulher é educadora ao ter o primeiro filho e dobra a jornada de atuação como professora quando escolhe a escola como local de trabalho”.

Ela teve quatro filhas e nenhuma quis ser bailarina. “Me realizo todo ano ao ver o progresso desses meninos e meninas que chegam aqui na escola de ombros curvados, tímidos. Andam de qualquer jeito, não sabem jogar em grupo, mas quando o ano termina, a gente percebe que mudaram muito, e para melhor.” Entre as meninas que estiveram na quadra da EMEI “Cônego Manoel Tobias” está Maurren Maggi, que como atleta representou São Carlos e o Brasil durante muitos anos.
O que a professora Marilena pediu no Dia Internacional da Mulher? “O reconhecimento para o trabalho não só dos educadores, mas da mãe, da dona de casa. É uma luta árdua que precisa do reconhecimento devido.”

(07/03/06)
 
 

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