» FAMÍLIAS ATINGIDAS PELAS CHUVAS SÃO SOCORRIDAS PELA PREFEITURA
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Após a tempestade da noite da última quarta, dia 21, caracterizada como tromba d’água pela Defesa Civil, a Prefeitura deu início à recuperação das ruas e estradas das chácaras de recreio localizadas na região norte da cidade, onde o índice pluviométrico chegou a 100 mm em menos de uma hora. Essa é a terceira vez que o fenômeno foi registrado no município nos últimos 5 anos.

Na região do Aracê de Santo Antônio e do condomínio Val Paraíso, as equipes passaram o dia cortando árvores que foram tombadas com a força da água enquanto as máquinas deixavam as ruas em condições de trânsito. No Varjão, ponto mais atingido pela chuva, desde o início da noite até a madrugada equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal e da Prefeitura prestaram socorro às famílias que tiveram as casas invadidas pela água.

Segundo o secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Ricardo Martucci, a região do Varjão foi loteada em cima do leito do córrego Jararaca, e é inevitável que as águas procurem o seu curso natural, o que acaba causando as inundações. As enchentes na região pioraram depois da construção de uma terceira faixa da rodovia SP 318 que liga São Carlos a Ribeirão Preto.

Após um processo instaurado pelos moradores junto ao Ministério Público, o município vem tentando buscar soluções para o problema. Em 2005, pelo menos 5 reuniões foram realizadas envolvendo o Ministério Público, moradores, Prefeitura, a empresa Encalso, que possui um empreendimento naquela região, e a concessionária da rodovia, Autoban.

Nos dois últimos encontros foram apresentados dois projetos aos moradores. O primeiro, com custo previsto de aproximadamente de R$ 2,5 milhões, prevê a construção de dois canais de concreto, um partindo da rodovia SP 318 e outro com início entre os condomínios Tutóia do Vale e Leila. Os dois canais se encontrariam escoando as águas até o córrego Jararaca.

O segundo projeto, elaborado pela Prefeitura, prevê a construção de um canal com fundo de grama escorrendo a água até o mesmo córrego, mas para isso seria necessária a desapropriação de pelo menos 15 chácaras. O custo para essa obra é de R$ 1,2 milhão, mais R$ 600 mil para as desapropriações. Na tarde de quinta, dia 22, o secretário de Planejamento e Gestão, João Pedrazzani, se reuniu com uma comissão de moradores para definir as medidas emergências.

De acordo com o Secretário, a Prefeitura está cadastrando as famílias atingidas para uma eventual remoção. Até o início da noite de quinta, pelo menos dez famílias haviam sido cadastradas e nove disseram que preferem ir para casas de parentes. “A Prefeitura vai continuar dando todo apoio a essas famílias e se for preciso vamos alugar casas para que elas possam ficar abrigadas até o final do período de chuvas”, explicou.
Uma reunião com o Ministério Público, que deverá acontecer na primeira semana de janeiro, vai definir a obra que será feita naquela região.

(23/12/05)
 
 

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