» EUCLIDES DA CUNHA É TEMA DE PALESTRA NA ESTAÇÃO CULTURA PDF Imprimir E-mail

O professor José Leonardo do Nascimento, do Departamento de Artes Plásticas da Universidade Estadual Paulista (UNESP), de São Paulo, vai proferir a palestra “Euclides da Cunha, intérprete do imperialismo” nesta quarta, dia 7, às 19h, no auditório da Fundação Pró-Memória de São Carlos (Praça Antônio Prado, s/nº, antiga Estação Ferroviária). A entrada é franca e o evento faz parte da programação da IV Semana Euclidiana de São Carlos, promovida conjuntamente pela Fundação Pró-Memória e Câmara Municipal.

O palestrante é o organizador da obra “Os sertões de Euclides da Cunha: releituras e diálogos críticos” (São Paulo, Editora Unesp, 2003), na qual reuniu ensaios sobre “Os Sertões”, considerado um dos mais importantes livros da cultura brasileira. Para ele, o livro “parece agir contra as nossas certezas e expectativas, contra nossos olhares condescendentes e bem-intencionados sobre a história do Brasil – nada é simples nas relações que os leitores estabelecem com esse livro monumento”.

A IV Semana Euclidiana de São Carlos continua na quinta, dia 8, às 19h, novamente na Estação Cultura, com a exibição do filme “Guerra de Canudos”, de Sérgio Rezende, e do vídeo “Euclides: Mestre-escola”, produção da ONG Ramudá. A entrada é franca. Para a manhã de sexta, dia 9, está programada, na EE Cel. Paulino Carlos, uma conversa com os alunos sobre Euclides da Cunha e Paulino Carlos.

O Euclidianismo
Poucos anos após a morte de Euclides da Cunha, admiradores de sua vida e de sua obra implementaram várias iniciativas para preservar a memória e o trabalho do escritor. A historiadora da Fundação Pró-Memória de São Carlos, Leila Massarão, lembra que uma das iniciativas mais marcantes foi a criação da Semana Euclidiana de São José do Rio Pardo, que acontece naquela cidade desde 1912, e que se reproduz em São Carlos nesta quarta edição da Semana Euclidiana são-carlense.

O Euclidianismo incentivado por tais iniciativas fecundou em estudos que vão além da vida e obra de Euclides da Cunha, mas que motivados por elas apresentam uma complexidade de estudos históricos, geográficos, literários, lingüísticos, sociológicos, psicológicos e de áreas diversas. Leila Massarão acrescenta que o fôlego sempre renovado do Euclidianismo pode ser notado pelas freqüentes obras lançadas sobre a vida e obra de Euclides da Cunha e pelo sucesso alcançado nos meios acadêmicos e entre novos e velhos admiradores dos escritos euclidianos.

Ela comenta que a IV Semana Euclidiana de São Carlos é exemplo da vivacidade do Euclidianismo, trazendo vozes diversas para anunciar a obra de Euclides da Cunha – o discurso acadêmico, as iniciativas da arte, os euclidianos históricos de Rio Pardo – nas escolas, na mídia e em eventos especialmente preparados para a ocasião.

(06/12/05)