» CAMPANHA ALERTA PARA O AUMENTO DE CASOS DE AIDS ENTRE HETEROSSEXUAIS
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No Dia Mundial de Luta contra a Aids, 1º de dezembro, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Programa de DST/Aids, alerta a população sobre o aumento de casos da doença entre os heterossexuais, principalmente mulheres casadas ou com relacionamento estável. Esse avanço entre as mulheres, em praticamente todas as faixas etárias, preocupa as autoridades de saúde do mundo inteiro. Por isso, neste ano, a campanha municipal de conscientização do Programa de DST/Aids “Faça uma Aliança com a Vida”, coloca essa questão em destaque e em discussão na sociedade.

“Mesmo desenvolvendo atividades educacionais e preventivas durante todo o ano, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids é um momento especial de reflexão, para fazer as pessoas pensarem mais no assunto. Nos anos 80, a proporção era de 30 homens com HIV para cada mulher com o vírus. Hoje, de acordo com dados do Ministério da Saúde, essa proporção é de 1,5 homem para cada mulher”, explica o secretário municipal de Saúde de São Carlos, Marcelo Henrique de Paulo. A campanha de conscientização já está nas ruas da cidade, por meio de outdoors, cartazes, distribuição de panfletos em lanchonetes, ponto de ônibus, bares, clubes e outros locais de concentração popular. Os preservativos podem ser encontrados nas Unidades Básicas de Saúde.

“De 1987 até 2005, foram registrados na microrregião de São Carlos 1.210 casos em maiores de 13 anos. Desse total, 437 morreram. Salientamos que muitos pacientes morreram sem ter comparecido ao Ambulatório de DST/Aids, que funciona no Centro Municipal de Especialidades. Alguns casos acabaram notificados só depois que as pessoas estavam internadas em fase terminal, ou mesmo faleciam; outros procuraram tratamento, mas o fizeram por pouco tempo, chegando ao Ambulatório com a saúde bastante deprimida”, explica a coordenadora do Programa de DST/Aids de São Carlos, Blaranis Pauletto.

Atualmente, 340 portadores do vírus HIV tomam o coquetel e fazem exames com freqüência no Ambulatório, que oferece um atendimento especializado para crianças. Aquelas que estiverem com o vírus ficam em tratamento no Ambulatório por dois anos, recebem medicamentos, cestas básicas, sacolão semanal e orientação de pediatras.

“Estamos conseguindo diminuir o número de crianças que nascem com HIV por conta da transmissão vertical, ou seja, aquela transmitida da mãe para o filho. Hoje a possibilidade de uma criança adquirir o HIV com a mãe é de 2%. Nos últimos anos, São Carlos não registrou nenhum caso de crianças positivas e isso é fruto do tratamento preventivo, realizado pela equipe multidisciplinar do Ambulatório de DST/Aids, com medicação durante a gestação, no trabalho de parto e após o nascimento, quando os bebês passam a tomar um leite especial fornecido no Ambulatório”, finaliza Blaranis.

(30/11/05)
 
 

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