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Na quarta, dia 16, 29 representantes de construtoras interessadas no processo licitatório que prevê a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Monjolinho estiveram no antigo sítio Santa Adelaide formalizando uma visita técnica. Este procedimento está inserido no edital, de abrangência internacional. Os visitantes foram acompanhados pelos gerentes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Benedito Carlos Marchezin (Divisão de Obras e Saneamento), e Alceu Walter Cardoso Júnior (Divisão de Planejamento e Projetos).

Disponível na praça desde o dia 10 de outubro, 35 empresas adquiriram o edital de licitação, cuja abertura dos envelopes para a 1ª fase de habilitação está agendada para a próxima sexta, dia 25, no auditório da Estação de Tratamento de Água (ETA), situado à rua Carlos Botelho, 1.201. Projetada pelo Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), a futura ETE acompanhará o crescimento demográfico da cidade de São Carlos pelo período de 50 anos.

A primeira etapa tratará 100% do esgoto gerado no município, com uma vazão de 600 litros por segundo. Atualmente, são despejados no Córrego do Monjolinho cerca de 500 l/s. A segunda etapa deverá ser implantada em 2015, prevendo-se o tratamento de 1.000 l/s. Estimando-se uma população de 500 mil habitantes, a terceira etapa deverá ser implementada a partir de 2055, com capacidade de tratar 1.270 l/s.

Ao custo total de R$ 27 milhões, o financiamento das obras, instalações e equipamentos contam com o apoio do governo federal, que está deslocando recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovados pelo Ministério das Cidades, tendo como gestor financeiro a Caixa Econômica Federal (CEF). A administração municipal deverá, com recursos do SAAE, participar com duas contrapartidas, sendo uma financeira, destinada à ETE, e a outra física, cujos recursos serão utilizados na execução de obras de infra-estrutura, compreendendo coletores, interceptores, emissário, estações elevatórias e obras de travessia. A autarquia calcula investir cerca de R$ 8 milhões.

Caso todos os prazos e cronogramas sejam devidamente cumpridos, a ETE deverá ser inaugurada em novembro de 2007, em comemoração aos 150 anos de São Carlos. Em plena operação, o esgoto sanitário da cidade será 100% tratado, produzindo-se um efluente de melhor qualidade no córrego do Monjolinho, conseguindo-se com isso uma possível reclassificação de suas águas e o retorno de condições propícias ao desenvolvimento da vida aquática, bem como a conseqüente recuperação deste importante ecossistema aquático. “Este projeto resgatará uma dívida histórica que a cidade possui com o meio ambiente”, avalia o diretor-geral da autarquia, Jurandyr Povinelli.

(18/11/05)
 
 

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