» PROGRAMA MUNICIPAL DE SAÚDE DA MULHER OFERECE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO PDF Imprimir E-mail

Drª Carla Polido, ginecologista.
Saúde da gestante, planejamento familiar, climatério, prevenção do câncer de colo de útero e de mama. Esses são alguns dos atendimentos realizados pelo Programa Municipal de Saúde da Mulher, que está cada vez mais consolidado nas Unidades Básicas de Saúde de São Carlos. Prova disso são os 270 mil procedimentos em ginecologia realizados nos últimos quatro anos. Esse trabalho começou na primeira gestão do prefeito Newton Lima, quando Elisete Pedrazzani estava à frente da Secretaria Municipal de Saúde, e teve continuidade na atual gestão, com o secretário Marcelo Henrique de Paulo.

“O Programa Municipal de Saúde da Mulher se desenvolveu a partir de uma necessidade imposta pelo Ministério da Saúde de cadastro e acompanhamento das gestantes, que foi colocado à disposição de todas as prefeituras do país, a partir de 2000. Desde então, cada município desenvolveu um programa para poder obedecer a essas premissas. Em um primeiro momento, o Programa Municipal de Saúde da Mulher tem priorizado o pré-natal, mas a proposta é atender a mulher como um todo, desde a primeira menstruação até a menopausa”, explica a ginecologista e integrante do Grupo Técnico de Saúde da Mulher de São Carlos, Drª Carla Polido.

Entre os avanços do programa, está a realização do teste de gravidez dentro da Unidade de Saúde sem a necessidade de colher o exame em um laboratório. Para isso basta que a paciente com atraso menstrual procure a UBS mais próxima de sua casa, onde a enfermeira especializada realiza o teste urinário simples que detecta a gravidez. A partir daí são solicitados os exames de pré-natal (para verificar se tem anemia, sífilis ou qualquer outra doença) e a paciente volta em 15 dias para se consultar com o médico. No mínimo, serão consultas de pré-natal iniciadas antes dos três meses de gravidez, e a consulta pós-parto, onde é feita a programação do uso do anticoncepcional.

“Apesar de a distribuição nacional de anticoncepcionais estar com problemas, a Prefeitura de São Carlos tem suprido as necessidades do município de uma maneira bem eficaz. Em todas as UBS são fornecidos o DIU, a pílula anticoncepcional e os injetáveis trimestrais, todos anticoncepcionais de alta eficácia. A mulher só precisa ter essa iniciativa de procurar o serviço de saúde”, esclarece Marcelo Henrique de Paulo.

Em relação aos problemas de saúde associados à prática sexual, o secretário alerta que “os danos mais graves causados pelas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), com exceção da Aids, ocorrem em mulheres e recém-nascidos. Uma das principais complicações nesse sentido está relacionada à transmissão vertical (da mãe para o bebê) de doenças como a sífilis e o vírus HIV. Por isso, as mulheres precisam se conscientizar da importância da prevenção dessas doenças com o uso da camisinha durante a relação sexual”.

“A maioria das mulheres procura a Unidade Básica de Saúde para fazer o preventivo (papanicolau), iniciar o pré-natal, ou quando apresenta algum problema. A mulher precisa se conscientizar que ela deve procurar o serviço de saúde para esclarecer dúvidas, trocar a pílula anticoncepcional quando necessário ou tomar uma pílula do dia seguinte em situações de emergência, por exemplo”, acrescenta Carla Polido.

Encontramos Andressa Gomes da Silva quando ela recebia a cartela de anticoncepcional. Ela está cadastrada no Programa de Saúde da Mulher há três anos, logo que engravidou da primeira filha. “Quando desconfiei que podia estar grávida, procurei o Posto de Saúde para fazer uma consulta. Foi aí que fiquei sabendo do programa e fui cadastrada. Hoje faço o preventivo todo ano, procuro me informar sobre as doenças que a gente pode pegar na relação e também tomo a pílula, pois só quero engravidar de novo daqui a uns dois anos”, conclui a dona de casa, satisfeita com o atendimento recebido.

(31/10/05)