» ESCOLA MUNICIPAL DE GOVERNO MINISTRA CURSO SOBRE HANSENÍASE PDF Imprimir E-mail
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Como parte da programação semestral da Escola Municipal de Governo da Prefeitura, que é coordenada pela Fundação Educacional São Carlos (FESC), foi realizado na quinta, dia 27, pela Secretaria de Saúde, um curso de atualização sobre hanseníase para funcionários públicos que atuam na rede municipal de saúde. O curso foi ministrado pela professora Zenaide Lazara Lessa, da Fundação Paulista Contra a Hanseníase, com o apoio de profissionais do Programa Municipal de Controle da Hanseníase e da Vigilância Epidemiológica de São Carlos.

Mobilização técnica, política e social em torno da meta de eliminação da doença, descentralização das ações de eliminação, capacitação e desenvolvimento de recursos humanos, ações de controle, diagnóstico precoce, sintomas, campanhas, orientações rotineiras nas unidades básicas de saúde, tratamento e trabalhos educativos em escolas foram assuntos debatidos durante o curso. Durante todo o dia também foram aplicadas várias dinâmicas de grupo.

Hanseníase
Trata-se de uma doença causada por um micróbio, o Micobacterium Leprae (Bacilo de Hansen), que ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços e das pernas. Os principais sinais e sintomas são manchas brancas ou avermelhadas dormentes, dor nos nervos dos braços, das mãos, das pernas ou dos pés, partes do corpo com formigamento ou dormência, caroços no corpo, ausência de dor em casos de queimaduras ou cortes nos braços, nas mãos, nas pernas e nos pés.

A doença é transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa sadia, principalmente através da respiração durante o convívio diário. A pessoa que tem manchas nas regiões específicas deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para esclarecimento do diagnóstico. O tratamento é feito gratuitamente nos ambulatórios, sem necessidade de internação. O paciente em tratamento pode conviver com a família, no trabalho e na sociedade sem qualquer restrição.

A hanseníase tem cura após o tratamento que pode durar de seis meses a dois anos. Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, mais rápida será a cura. Mesmo que haja melhora dos sinais ou sintomas da doença, recomenda-se a volta a Unidade de Saúde para avaliação e, se necessário, continuar o tratamento ou, em caso de cura, receber alta.

Números da hanseníase em São Carlos
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, o município diagnosticou nesse ano sete novos casos, o que está dentro do estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, tem menos de 1 caso para cada 10 mil habitantes, número também abaixo da média nacional que tem uma taxa de prevalência que gira em torno de 4 casos para cada 10 mil habitantes. Segundo o Ministério da Saúde, são diagnosticados por ano 43 mil novos casos da doença em todo o país.
Segundo a chefe da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, Edeltraut Zóia, o treinamento realizado pela Secretaria de Saúde para funcionários da área é importantíssimo para que os casos sejam detectados precocemente. A hanseníase tem cura e todo o tratamento, inclusive os medicamentos, é oferecido gratuitamente na rede municipal de saúde. “Nosso trabalho é estruturado, mas dependemos da conscientização do paciente, pois muitos abandonam o tratamento na metade. Hoje em São Carlos 14 pessoas estão sendo atendidas pelo nosso Programa de Controle da Hanseníase”.

O Programa de Controle da Hanseníase é desenvolvido por uma equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal de Saúde junto ao Centro Municipal de Especialidades (CEME), localizado à rua Amadeu Amaral, 555, Vila Izabel. O horário de atendimento é das 7h às 18h de segunda a sexta.

(28/10/05)