» MOVIMENTO “ESTAÇÃO LEITURA” COMEÇA NESTE FIM DE SEMANA |
» MOVIMENTO “ESTAÇÃO LEITURA” COMEÇA NESTE FIM DE SEMANA Neste sábado, dia 1º de outubro, terá inicio o “Estação Leitura”, movimento que engloba diversas atividades culturais e educacionais de fomento ao livro e à leitura. O evento passa a fazer parte do calendário do município e será realizado anualmente durante todo o mês de outubro. Nesta primeira edição, o homenageado é o autor gaúcho Érico Veríssimo, no centenário de seu nascimento. A programação segue até dia 30, em diversos pontos da cidade. As atividades deste final de semana, dias 1º e 2, contará com a presença do escritor Luís Fernando Veríssimo, convidado de honra do evento. Estação Leitura é uma realização da Prefeitura, através da Secretaria de Educação e Cultura e da Fundação Pró-Memória, em parceria com a Biblioteca Comunitária da UFSCar e o Projeto Contribuinte da Cultura. A iniciativa conta ainda com o apoio da Fundação Educacional São Carlos (FESC), Café Gaudi, Damha Parque Eco-esportivo, Editora Rima, e as livrarias Machado de Assis e Palavra Aérea. Na manhã de domingo, dia 2, às 9h, na Estação Cultura (antiga estação da Fepasa), durante o evento “Cem Anos Com Érico Veríssimo”, o prefeito Newton Lima Neto vai anunciar a realização, para outubro de 2006, da Primeira Feira do Livro e da Leitura de São Carlos, em parceria com a Câmara Brasileira do Livro, e ainda fará o lançamento das campanhas “Adote uma Biblioteca” e “Parceiros da Leitura”, com início imediato. O empresário Marcelo Eugênio da Paz estará no evento e será o primeiro a aderir à campanha adotando a Escola do Futuro anexa à EMEB Dalila Galli, do bairro Jockey Clube. Já “Parceiros da Leitura” vai incentivar a doação de livros à Biblioteca Pública Municipal “Amadeu Amaral”. Confira a programação completa do “Estação Leitura”. Érico Veríssimo Nascido em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul (17/12/1905 – 28/11/1975), Érico Veríssimo, nas palavras do consagrado escritor Moacyr Scliar, “é, na literatura do Rio Grande do Sul e, em grande medida na literatura brasileira, um verdadeiro divisor de águas. Antes dele, literatura, a grande literatura, era coisa para uns poucos iniciados. Para boa parte dos brasileiros o livro era um objeto estranho, distante, hermético. Mas Érico produziu uma obra de imenso valor literário que é, também, uma obra extremamente popular. E a pergunta que se impõe é: como o conseguiu? Em primeiro lugar, Érico Veríssimo era um notável narrador. Modestamente intitulava-se um ‘contador de histórias’, mas a verdade é que toda literatura parte disso, da arte de contar histórias. O que corresponde a uma disposição inata do ser humano, como o sabem os pais que, a cada noite, convencem os filhos pequenos a irem para a cama com a promessa de uma história, contada ou lida. A história, com sua lógica interna, sua seqüência clássica de começo, meio e fim, neutraliza a nossa natural ansiedade ao nos assegurar que as coisas do mundo fazem sentido, ao menos em termos ficcionais. Agora: se a literatura parte da narrativa, ela não termina aí; literatura é mais que isso, é usar a palavra como instrumento de criação estética. Ou seja, literatura é arte. Uma arte que Érico dominava de forma soberba. Seu texto, elegante sem ser empolado, flui fácil - mas esta facilidade não nos deve enganar. Estamos diante de uma grande literatura”. (29/09/05) |