» MÚSICA NO FUTURO ARMAZÉM CULTURA DE ÁGUA VERMELHA |
Futuro Armazém Cultura e Biblioteca Distrital. A Prefeitura promove neste sábado, dia 10, a partir das 18h, o evento “Visitando a Obra”, atividade que faz parte da recuperação do prédio histórico de Água Vermelha, cujas obras estão em fase final. No local serão instalados o Armazém Cultura e a Biblioteca Distrital. O sub-prefeito de Água Vermelha, Cláudio Vismara, convida toda a comunidade são-carlense e especialmente os moradores do Distrito para participar do evento, que terá a apresentação da Orquestra Sinfônica de São Carlos e da Escola Livre de Música “Maestro João Sepe”. A programação começa com a apresentação de “Um Hino a São Carlos”, de Heitor de Carvalho e Vicente de Paulo Rocha Keppe, com transcrição e regência de Roberto Mori Roda. Em seguida serão apresentadas três peças, com regência de Flávia Nori Bombonato: “Jardim de um Mosteiro”, de Albert W. Ketelbey, com arranjo de Benedito Geraldo de Oliveira; Edelweiss, de Richard Rodgers e Hammerstein II, com arranjo de Daniel Luis da Silva e Rodrigo Murer Tinta; e “Cio da Terra”, de Milton Nascimento e Chico Buarque, com arranjo do professor Valter Trevisan. Recuperação A diretora presidente da Fundação Pró-Memória de São Carlos, Ana Lúcia Cerávolo, instituição municipal responsável pelo acompanhamento das obras, lembra que a instalação do Armazém Cultura atende à demanda da comunidade do Distrito por uma biblioteca, apresentada e aprovada nas reuniões do Orçamento Participativo, o que levou a Prefeitura a adquirir o imóvel. A recuperação tem o patrocínio da Eletrobrás - Centrais Elétricas Brasileiras e foram iniciadas em dezembro último, com um custo de R$ 175 mil. Após a aquisição do prédio, o prefeito Newton Lima obteve, no Rio de Janeiro, o apoio da Eletrobrás para essa iniciativa que acompanha algumas linhas mestras do Governo Participativo de São Carlos, uma vez que o projeto busca valorizar a educação, reduzir a exclusão digital e incentivar a cultura. O alcance dessa obra é muito amplo, pois além de oferecer novas alternativas de lazer e cultura aos moradores do Distrito, o Armazém Cultura funcionará em uma das edificações mais importantes do Distrito, que ainda conserva suas características arquitetônicas originais do final do século 19, e sua preservação contribuirá para a valorização da cultura no interior paulista e particularmente em São Carlos. O projeto de adequação do imóvel foi elaborado pelo arquiteto Marcelo Suzuki. Com a eliminação de poucas paredes foram flexibilizados os espaços para adequá-los às novas funções. Foi restabelecido o plano sobrelevado da calçada original, que conformava um patamar convite na entrada principal do edifício, e construído um mezanino para atividades lúdicas dentro da área infantil da biblioteca. Na primeira fase das obras foi necessário fazer uma cinta de amarração de concreto sobre as paredes centenárias, para garantir a adequada instalação do novo telhado e evitar a futura ocorrência de trincas ou fissuras. O telhado, montado com telhas capa-canal, comuns no período de construção do edifício, foi inteiramente substituído com telhas novas de modelo semelhante, amarradas, sob as quais foi colocada uma manta impermeável para melhor proteger o edifício das chuvas. Armazém Cultura O imóvel foi utilizado como armazém de secos e molhados de 1912 até a década de 1980, estando fechado há mais de 20 anos. A parte interna do imóvel vai abrigar uma biblioteca pública que, além dos serviços clássicos, deverá disponibilizar acesso a fontes de informação em outros suportes e de modo remoto por meio da Internet, com o funcionamento no local do Programa de Inclusão Digital. Lourdes de Souza Moraes, diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, diz que o planejamento do espaço também levou em consideração três outros aspectos: o Programa de Incentivo à Leitura, que exige espaço privilegiado para a literatura infanto-juvenil e seus leitores; o Espaço de Leitura Infantil, com sala especial para a realização de atividades com as crianças, como a “hora do conto” ou a “mediação da leitura”; e o Programa de Atendimento a Usuários Portadores de Necessidades Especiais. Estão previstos ainda espaços especiais para montagem de exposições temporárias e para uma exposição permanente relacionada à história e à memória do Distrito, assim como um auditório, café e balcão para venda de artesanato. (09/09/05) |