» ALUNOS APRENDEM A IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA PDF Imprimir E-mail


Cultivo das hortaliças na Creche Aracy
Pereira Lopes.Trabalho voluntário na Horta da EMEB
“Antonio Stella Moruzzi”.Painel feito pelos alunos da EMEB “Maria
Ermantina C. Tarpani”.
Nas escolas administradas pela Prefeitura de São Carlos, educação alimentar começa na compra dos produtos, passa pelas merendeiras, pelos professores, vai às salas de aula, aos refeitórios e chega na casa de cada um dos alunos. Estudos realizados pelo Ministério da Saúde verificaram que mais de 30% dos estudantes de escolas públicas e privadas de todo o pais não tomavam café da manhã ou, em sua maioria, não o fazia de forma regular e ainda não consumiam itens essenciais para que a refeição possa ser considerada completa.

A alimentação desses estudantes não alcançava sequer um sexto das recomendações energéticas diárias para a idade. A longo prazo, essa alimentação deficitária prejudica o equilíbrio necessário para a realização de tarefas cognitivas complexas e a prevenção de diversas doenças, como a obesidade, diabetes e hipertensão. Ciente desses problemas, desde 2001 não é permitida nas escolas municipais a existência de cantinas e produtos alimentícios contrários à política de segurança alimentar adotada pelo município. Embutidos, frituras e outros alimentos com baixa qualidade nutricional foram excluídos do ambiente escolar. O aluno que consome a merenda escolar já tem garantido 15% das necessidades nutricionais diárias.

Além de cuidar da alimentação escolar, é preciso educar crianças e adolescentes sobre a importância dos alimentos. Na EMEB “Maria Ermantina C. Tarpani”, por exemplo, no primeiro semestre desse ano uma estagiária do curso de Nutrição reforçou as aulas de Ciências com informações sobre a pirâmide alimentar. “Eu já trabalhei em empresas onde é mais difícil o contato constante com o consumidor. Aqui posso falar diretamente tanto com as merendeiras quanto com as crianças e fica mais simples mudar conceitos. E tenho aprendido muito também com essa experiência”, explicou Danieli Brito.

A diretora da EMEB, Maria de Fátima da Silveira, explica que ações como essa já são realizadas nas escolas municipais há algum tempo. “As ações que iniciamos este ano aqui na Maria Ermantina é tornar práticas as aulas sobre os alimentos, afixar os trabalhos dos alunos sobre esse assunto e discutir o problema com os pais”. O resultado disso, segundo ela, é que muitos alimentos, principalmente verduras e legumes, que não eram aceitos pelos estudantes agora têm lugar garantido nos pratos da maioria.

Há ainda outras ferramentas para garantir a educação alimentar. Uma delas é o Programa de Hortas Pedagógicas, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura em 23 escolas da rede municipal. A EMEI “Aracy Leite Pereira Lopes” é uma delas. As crianças escolhem as verduras e legumes e semeiam os canteiros da horta. Além disso, a diretora Silvana Joaquim Mira explica que desde o início do ano foram realizadas atividades sobre proteção ao meio ambiente e melhoria da qualidade de vida, que passa obrigatoriamente pela alimentação adequada.

Na EMEB “Antonio Stella Moruzzi” os canteiros da Horta Pedagógica foram montados por pais voluntários. Luís Alberto, um dos seis pais e mães que ajudaram no trabalho, disse que “é um passo para que os alunos tenham um conhecimento maior do que é uma plantação, uma horta, para que amanhã eles possam ter na própria casa, com a família”. Outro pai do grupo, Luís Carlos, também já atuou como voluntário em outras escolas. “A gente ajuda e se diverte também, e as crianças aprendem bastante, como ter cuidado com os canteiros e como nascem as verduras e os legumes que comem”, disse.

Para os alunos que freqüentam as creches, principalmente aqueles com idade inferior a 2 anos, a presença de professores conscientes é fundamental para garantir uma boa nutrição, já que nessa faixa etária, a falta de ferro, iodo e vitamina A pode causar doenças graves, como sarampo e pneumonia e até levar à morte. Um dos exemplos dessa consciência é a equipe de profissionais da creche “Juliana Perez”. Freqüentemente, os alunos são colocados ao sol em pequenos grupos para chuparem laranjas e outras frutas de época, incentivando assim tanto a educação alimentar como a socialização.

A creche também está participando do programa de Hortas Pedagógicas e tem participação ativa dos alunos. “Eles tomam muito cuidado com as mudinhas de alface. Não perdem uma. É impressionante”, afirmou Dulcinéa do Nascimento Abacker, da assessoria de Educação Ambiental da Secretaria de Educação e Cultura.

(29/08/05)
 
 

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