» SIBI PARTICIPA DA CÂMARA SETORIAL DO LIVRO E DA LEITURA |
Biblioteca Municipal “Amadeu Amaral”. A coordenação Sistema Integrado de Bibliotecas de São Carlos (SIBI), implantado pela Prefeitura em 2004, vem acompanhando o processo de construção da Câmara Setorial do Livro e da Leitura através das videoconferências realizadas para divulgação do Plano Nacional do Livro e da Leitura. Nessas ocasiões também é possível conhecer as ações que podem ser aplicadas e até mesmo propor um representante da região sudeste. “São Carlos participa não como instituição, mas como membro e representante do Estado de São Paulo”, explicou a coordenadora do SIBI, Lourdes Moraes. A Câmara Setorial do Livro e Leitura integra a política de Câmaras Setoriais da Cultura, que são órgãos consultivos do Sistema MinC, e tem como atribuição fornecer subsídios e formular recomendações para a definição de diretrizes, estratégias e políticas para o desenvolvimento da área do Livro, Criação Literária, Leitura e Bibliotecas, em sintonia com os eixos centrais das políticas do Ministério da Cultura. “O fato de termos construído já na gestão passada as Escolas do Futuro mostra a diretriz que a administração dá à questão do Livro e da Leitura”, afirma a secretária municipal de Educação e Cultura, Géria Montanari. Segundo ela, agora é preciso dar forma a essa política, garantindo os recursos para as Bibliotecas Públicas e para campanhas e programas de incentivo à leitura e à escrita. Esse foi um dos temas debatidos durante a videoconferência da última semana de julho: a garantia de recursos. Foi discutida a proposta de que todos os níveis de governo tenham a obrigação legal de adquirir acervo para as bibliotecas municipais. O poder público, então, teria que destinar verbas específicas para investir na complementação e na atualização dos acervos. “Apesar das dificuldades por que passa nosso município, por conta de dívidas contraídas no passado, estão sendo tomadas medidas em São Carlos que viabilizem mecanismos para a ‘criação’ desses recursos”, explicou Géria. Um desses mecanismos está previsto na lei que criou o SIBI, aprovada no final de 2004. É o Fundo Municipal do Livro, ainda não implantado por ser um processo complexo, mas já em andamento. “Depois do Fundo implantado, nós teremos condições de corrigir um problema histórico de acervo que a cidade tem. Na Biblioteca Amadeu Amaral, o acervo é de aproximadamente 50 mil livros e isto é bastante discrepante em relação ao índice indicado pela Unesco – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, que é de dois livros por habitante. Por esse índice, São Carlos deveria dispor em suas bibliotecas públicas de 440 mil livros e realizar a renovação anual de 20% desse acervo”, completa a secretária. Mesmo a política de doações precisa ser bem planejada. “É preciso pensar qual o acervo que a biblioteca necessita para que ela não perca a identidade. Se for uma biblioteca voltada para literatura, mas sem planejamento de compra e doações, corre-se o risco de oferecer muitos livros de um autor ou estilo e nenhum exemplar de outros”, disse Géria. Lourdes Moraes finalizou lembrando que a participação nessas reuniões é importante para mostrar o trabalho que vem sendo desenvolvido em São Carlos através das Escolas do Futuro e do SIBI. (23/08/05) |