» SÃO CARLOS DISCUTE CRIAÇÃO DA CENTRAL ESTADUAL DE COOPERATIVAS DE MATERIAL RECICLÁVEL
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Na quarta, dia 11, a Unitrabalho (Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho), em parceria com a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, promoveu assembléias nas três cooperativas de catadores de material reciclável de São Carlos com o objetivo de mobilizar esses profissionais para a formação de uma Central de Cooperativas do Estado de São Paulo.

Segundo o técnico da Unitrabalho, Gerardo Mendes de Melo, que coordenou as assembléias, foi transmitida aos catadores as vantagens de uma Central de Cooperativas. Entre elas, pode-se destacar mais retorno financeiro, já que coletivamente será produzido mais material reciclado em melhores condições de trabalho. “Também haverá, por parte dos pesquisadores universitários, o desenvolvimento de processos para melhorar o material feito nas cooperativas, que também poderão desenvolver produtos, como vassouras e cadeiras plásticas, aumentando a renda dos trabalhadores”.

Gerardo explica que nas assembléias os catadores receberam informações básicas sobre uma central de cooperativas de material reciclado, enfatizando sua importância para o meio ambiente, já que contribui para a diminuição da quantidade de lixo nos aterros sanitários. “Procurei também ressaltar que nessa nova forma de trabalho haverá a valorização do cooperado, isto é, procurará despertar nos trabalhadores o sentimento de solidariedade, de cooperação”, disse.

Ele explica que a aceitação dos profissionais em relação à central está sendo ótima e que a previsão é de que seu funcionamento comece daqui a um ano. “As assembléias tiveram início na última semana e ocorreram em São Paulo. Depois de São Carlos faremos esse trabalho em Piracicaba. Uma central deve possuir no mínimo três cooperativas, número que já alcançamos”, finaliza o técnico da Unitrabalho.

Programa Futuro Limpo
Implantado na primeira gestão do prefeito Newton Lima, o programa retirou os catadores que trabalhavam no meio do lixo no Aterro Sanitário e formou as três cooperativas de coleta seletiva, que hoje atendem 60% da cidade. Recolhendo cerca de 80 toneladas mensais de recicláveis, o Programa Futuro Limpo ampliou o Aterro Sanitário Municipal, que estava esgotado, implantou o Programa Interno de Coleta Seletiva de Papel na Prefeitura, fez a recuperação física e ambiental do antigo Lixão no Sítio Santa Madalena e ainda possibilitou a realização de Estudos pelo IPT para estimativa real do custo de coleta e destinação final de lixo em São Carlos.

Com isso, houve a economia de cerca de R$ 5 milhões através de negociação da dívida da Prefeitura de São Carlos com a concessionária dos serviços de coleta de lixo e também a criação da concepção de que o desenvolvimento econômico não pode gerar degradação ambiental, mas pelo contrário, deve promover a recuperação e a preservação de nossa qualidade ambiental.

(11/08/05)
 
 

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