» PROJETO DANÇAR É TEMA DE TESE NA UFSCAR PDF Imprimir E-mail


Grupo de dança afro.Integrantes do Projeto Dançar.Douglas Campos.
Uma festa foi a forma encontrada pelos integrantes do Projeto Dançar para homenagear Douglas Campos, que defendeu sua tese de doutorado tendo o Projeto como tema. Douglas, ex-funcionário da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, recebeu nota máxima da banca de avaliação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O projeto, criado em 1988, foi idealizado pela bailarina Carmelita Campos no início de suas atividades como professora da Prefeitura. No início, oferecia aulas de balé clássico e dança de rua para as crianças e adolescentes dos bairros Redenção, Santa Felícia e Vila São José como ferramenta de inclusão social e resgate da cidadania.

“Eu levei em conta os projetos socioeducacionais da Prefeitura de São Carlos, coordenados pela Secretaria de Educação e Cultura, mas o Projeto Dançar me chamou a atenção por conta das relações que se passam dentro dele. Os pais, avós, os tios das crianças e adolescentes estão sempre presentes a ponto de a comunidade ter se apropriado do Projeto Dançar fazendo dele o que ele é hoje. Mais do que a dança, que é o conteúdo principal do projeto, nele ocorrem outras interações sociais que fazem com que os participantes exerçam a cidadania de forma completa”, explicou Douglas.

A tese conclui que o Projeto Dançar põe em prática a democracia deliberativa para que todos os participantes sejam ouvidos e tenham o direito de opinar na hora de definir os caminhos que o projeto vai trilhar. Isso faz com que o projeto seja um exemplo de política pública a ser copiado e seguido por outras entidades, instituições e cidades.

A prática pedagógica da professora Carmelita Campos também foi analisada, chegando-se à conclusão de que o sucesso do formato é alcançado porque os conceitos de cidadania e participação são trabalhados o máximo possível. “Esse foi o meu comentário sobre esse projeto socioeducacional e por causa da clareza do trabalho realizado no Projeto Dançar obtive a nota máxima e por unanimidade”.

“Eu nunca havia pensado que um dia nós sairíamos desse espaço, a cidade, a região onde já somos conhecidos e entraríamos na universidade como um trabalho sério, que dá certo e que agora poderá ser ampliado e descentralizado”, contou Carmelita Campos. “Esse foi o maior presente que eu poderia receber. Agora nosso objetivo é não apenas alcançar um maior número de pessoas, mas também poder trabalhar com o maracatu e voltar a atender nos bairros. Essas duas propostas já estão sendo estudadas pelo Departamento de Artes e Cultura da Secretaria de Educação”, contou Carmelita.

(01/07/05)

 
 

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