» PROGRAMA REALIZA EXAMES PARA DETECTAR VÍRUS DA HEPATITE PDF Imprimir E-mail

O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV), lançou nesta semana uma campanha publicitária sobre hepatites virais. “As pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1993 devem fazer o teste de diagnóstico das hepatites B e C. O teste é necessário porque, até aquele ano, a transfusão de sangue era uma forma importante de contaminação. No caso da hepatite C, sequer havia no mundo tecnologia que garantisse o teste sorológico para diagnóstico da enfermidade”, alerta o secretário municipal de saúde, Marcelo Henrique de Paulo.

Em São Carlos, o exame pode ser solicitado às segundas, terças, quintas e sextas, das 8h30 às 10h45, no Ambulatório de DST/Aids do Centro Municipal de Especialidades (CEME), onde funciona o Programa Municipal de Hepatites que atende São Carlos e a microrregião. “Depois de solicitado o teste, a pessoa deve ir ao laboratório do Instituto Adolfo Lutz e colher o sangue. O resultado sai em até uma semana. Lembrando que para a hepatite B, existe vacina disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde. A vacina é destinada aos grupos de risco (profissionais da saúde, manicures, profissionais do sexo, entre outros) e pessoas que se relacionam diretamente com o portador da hepatite B”, explica Blaranis Pauletto, coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids/Hepatites.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, em 2004 foram notificados 85 casos de hepatite viral (B e C), uma média de sete por mês. A hepatite “A” só é notificada quando existe surto, fato que não ocorreu no ano passado.

Tipos de Hepatite
Hepatite é o termo genérico que designa a inflamação do fígado, seja ela conseqüente de agressão direta ou parte de um processo sistêmico. As mais comuns são as virais e as tóxicas. Dentre os processos tóxicos distinguem-se a hepatite medicamentosa, causada por ingestão excessiva ou inadequada de medicamentos; a hepatite decorrente de uso de drogas e a hepatite alcoólica. Esta última, que pode ser aguda ou crônica, se dá por lesão direta à célula hepática e é a causa mais freqüente de cirrose.

Hepatite A – A contaminação se dá por água e alimentos. Não é transmitida pelo sangue, a não ser durante o período agudo. A taxa de mortalidade é muito baixa.

Hepatite B – É transmitida por contato com sangue ou produtos sanguíneos infectados, por via sexual ou pela chamada transmissão vertical, isto é, da mãe infectada para o recém-nascido no momento do parto. Os grupos de risco incluem profissionais do sexo, usuários de drogas intravenosas, pacientes em hemodiálise e profissionais da saúde. A hepatite B pode evoluir para a cura completa, para uma hepatite fulminante ou para câncer de fígado (hepatocarcinoma).

Hepatite C – Sua incidência é alta entre usuários de drogas intravenosas. São desse tipo 80% dos casos de hepatite contraída por transfusão de sangue. Sabe-se hoje que a maior parte dos casos da chamada hepatite não A e não B são de hepatite C, que evolui, na maior parte dos casos, para a hepatite crônica.


Diagnóstico e quadro clínico
A identificação dos diferentes tipos de hepatite viral aguda se faz pela detecção, no sangue do paciente, do próprio vírus ou pela dosagem de imunoglobulinas, que são a resposta imunológica do paciente à agressão viral. O quadro clínico é extremamente variável: há desde casos completamente sem sintomas, só detectados por exames de laboratório, até quadros de morte em poucos dias (hepatites fulminantes).

A doença se manifesta por sintomas gerais de mal-estar, fadiga intensa, perda de apetite, náuseas e vômitos, febre e dor na região do fígado, que se apresenta de tamanho aumentado, fezes esbranquiçadas e urina escura. Cinco a dez dias depois do aparecimento dos sintomas tem início uma fase ictérica, em que a pele e as conjuntivas se apresentam amareladas.


Tratamento e prevenção
O tratamento das hepatites virais consiste basicamente em repouso na fase inicial de aparecimento dos sintomas. É dispensável o repouso absoluto, com retorno gradual das atividades à medida que a doença regride. A dieta deve ser leve para evitar as náuseas, com progressiva normalização acompanhando a melhora clínica. Recomenda-se a abstinência total de álcool e outras drogas que possam lesar o fígado já comprometido.

Para bloquear o desenvolvimento da doença em pessoas suspeitas de contaminação recente pelos vírus A e B usa-se globulina hiperimune. Aos grupos de alto risco recomenda-se a vacina contra hepatite B, que protege aproximadamente por nove anos.

(12/05/05)
 
 

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