» PROGRAMA DIFERENCIADO TORNA A MATEMÁTICA UMA DIVERSÃO PDF Imprimir E-mail


A forma como a matemática vem sendo aplicada aos alunos da EMEB “Janete Maria Martinelli Lia”, no Pacaembu, segue as diretrizes do Conselho Internacional de Educação para Professores (International Council on Education for Teaching). Segundo a professora doutora Neli Maia, membro do Conselho, “ou o ensino é criativo ou é mero agrupamento de informações nem sempre necessárias”.

Em 2004, a professora da 4ª série da Educação Básica, Gislaine de Paula Leal, decidiu aplicar técnicas diferentes durante a aula, principalmente quando o tema era a matemática. “Eu percebi que as crianças tinham muita dificuldade em compreender principalmente a matemática. Então tentei os jogos”, disse.

Depois de algumas pesquisas e experimentos, a professora montou um verdadeiro arsenal para estimular o gosto pela matéria, desenvolver a concentração, o raciocínio e até mecanismos de solidariedade entre os alunos. Organizados em grupos diversos (varetas, baralho, damas, jogos de memória e estratégia econômica), os alunos da 4ª série se divertem enquanto compreendem os mistérios desta temida ciência exata.

“Quem tem dificuldades para somar e manter-se concentrado, usa as varetas. A criança que precisa do exercício de raciocínio joga 21, com o baralho”, explica a professora. Ainda segundo Gislaine, os alunos experimentam, na prática, o que é apresentado na teoria. Funciona ainda como fator de motivação e de socialização, já que os jogos são aplicados em grupo.

Essa forma diferenciada de ensino tem o respaldo dos Departamentos de Matemática e de Metodologia da Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “Existem quatro tipos de matemática: a do Cotidiano, quando calculamos troco, por exemplo; a do Trabalho ao analisarmos custo de um produto e o seu valor de venda; a Universitária, que é a usada para cálculos de pesquisas de precisão e probabilidade; e a da Escola. Se não se aprende esta última não é possível utilizar nenhuma das outras”, disse o professor Pedro Malagutti, do Departamento de Matemática da UFSCar.

Ele explicou que o uso de jogos em salas de aula tem crescido muito porque apresentam resultados positivos que vão além do aprendizado de soma ou multiplicação. “Em nosso curso, na formação de professores, também utilizamos jogos para que o entendimento da matéria seja o melhor possível e para que os futuros educadores experimentem essa ferramenta e a apliquem em seus alunos”, concluiu.

(12/04/05)

 
 

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