Universidades de São Carlos, Argentina, Uruguai, CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa) e Prefeitura de São Carlos se reuniram no final da tarde desta quarta-feira (26) no terceiro painel do Seminário Internacional, sob o tema “Parcerias entre Instituições de Ensino e Pesquisa e o Poder Público na solução de problemas municipais”, que aconteceu no auditório do Pavilhão São Carlos Exposhow. Os palestrantes apresentaram as experiências bem sucedidas entre a academia e a sociedade.

O professor Gustavo Scheps, da Faculdade de Arquitetura da Universidade da República, no Uruguai, afirmou que as universidades necessitam estudar alternativas de transferência da produção acadêmica em favor da sociedade. Ele mencionou pesquisa realizada pela universidade mostrando que até 2050 50% da população uruguaia será oriunda de áreas urbanas. “A universidade precisa estabelecer um intercâmbio de saberes com todos os níveis da sociedade para o desenvolvimento sustentável”, destacou.

O professor Dario Mariorana, reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, acredita que a universidade e a sociedade “devem se manter em sinergia para a qualidade de vida”. Ele mencionou pesquisas realizadas pela universidade que contribuíram na detecção de problemas urbanos, como o transporte público.

“A pesquisa precisa ter inserção plena na sociedade, pois hoje a ciência e a tecnologia também são propulsores da economia”, alerta o presidente do CNPq, Glaucius Oliva. Oliva acrescentou que o Conselho de Pesquisa tem estreitado as relações com a comunidade incentivando a inserção de projetos nos municípios, como o Recesa (Rede Nacional de Capacitação e Extensão do Saneamento Ambiental), que emprega recursos do CNPq em demandas que minimizem problemas como abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos.

UFSCar e sociedade
O reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e presidente da Associação das Universidades Grupo Montevidéu, Targino de Araújo Filho, lembrou que a universidade, ao longo dos últimos 11 anos, em parceria com a administração pública, teve a sensibilidade de detectar que os projetos desenvolvidos na universidade poderiam ter melhor amplitude se tivessem a participação efetiva da comunidade.

“Projetos como os Núcleos de Extensão do município e da escola, comunidades de aprendizagem, rede escola de cuidados da saúde, Laboratório de Prevenção à Violência (Laprev), Citesc (Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde), economia solidária, entre outros tiveram início na universidade pública e hoje fazem parte de políticas públicas municipais em São Carlos”, ressaltou.

O prefeito de Maringá (PR), Sílvio Magalhães Barros, também participou do seminário. Ele afirmou que “os centros de inovação em pesquisa são fundamentais para o encontro de soluções de problemas municipais”.

O prefeito Oswaldo Barba encerrou o encontro afirmando que a pesquisa “não é para se guardar em gavetas”. “Pesquisa é fruto de desenvolvimento e inclusão social. E o sonho de qualquer pesquisador é notar que os estudos de anos foram objetos de desenvolvimento de uma sociedade”, concluiu.

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