O desenvolvimento de pesquisas de novos materiais sempre foi, salvo raras exceções, realizado fora do Brasil. O Instituto de Materiais Tecnológicos do Brasil (MIB), instalado em São Carlos, aposta na mudança dessa lógica de importação de tecnologia no setor e quer ser líder no mercado nacional apostando na capacidade de nossos cientistas. 

“As empresas estão despertando para a importância de desenvolver tecnologia própria”, explica Marcelo Tadeu Milan, diretor superintendente da MIB e PhD em Engenharia de Materiais. Criado em 2005 a partir do trabalho de pesquisadores dos institutos instalados em São Carlos, a empresa já prepara sua expansão para abrigar sofisticados laboratórios.

O desenvolvimento de materiais ultrarresistentes, como compósitos metálicos e poliméricos, corresponde a quase 40% das atividades do MIB, que realiza ainda controle de qualidade e consultorias em materiais para empresas como Vale, Embraer, Tecnosteel e Hexagon. “Essencialmente as empresas querem pesquisas com ênfase no desenvolvimento de novos materiais que tenham desempenho superior àqueles existentes ou com uma melhor relação custo-benefício”, destaca Milan. 

A empresa, dentre outros investimentos, vai destinar R$ 1,5 milhão  para a construção da nova sede, que terá 1.500 m². O novo prédio será instalado no Parque Eco-Tecnológico Damha, em São Carlos, o primeiro de terceira geração do país, que vai abrigar empresas de base tecnológica.

(04/10/2010)