A Prefeitura começa neste mês a revitalização da área do bonde estacionado na Praça da Arcesp, também conhecida como balão do bonde, na Vila Nery. Depois da reforma, o local ficará cercado por painéis de vidro. A população terá acesso ao local durante o dia e as portas serão abertas por membros da comunidade. O bonde também vai passar por um processo de manutenção, com nova pintura, recuperação de objetos e receberá manutenção de cortinas. 

Os bondes fazem parte da história de São Carlos e circularam durante quase 50 anos pelas ruas da cidade. Esses veículos pertenceram a Companhia Paulista de Eletricidade. Segundo a Fundação Pró-Memória, os bondes chegaram ao Brasil em meados do século XIX e as primeiras linhas, com carros a vapor, foram construídas no Rio de Janeiro, em 1861.

No final do século XIX (1895), uma linha de bonde – movido à tração animal – foi aberta por iniciativa do tenente-coronel Leopoldo de Almeida Prado. Mas a epidemia de febre amarela que se abateu sobre São Carlos, em 1896, impediu a continuidade desse sistema de transporte, tanto pela desarticulação produtiva do município quanto pela crise humanitária que se instalou.

Apenas em 1911 São Carlos voltou a discutir seriamente a implantação de um sistema de transporte por bondes. Em 1912, através de um contrato assinado com a Prefeitura Municipal, a Companhia Paulista de Eletricidade, que adquirira a Companhia de Luz Elétrica de São Carlos em 1907, recebeu a concessão para explorar o serviço de bondes por 50 anos (1912-1962).

Os trilhos, a rede aérea, veículos e componentes foram encomendados da fábrica belga Société Franco-Belge de Matériel de Chemins de Fer ainda em 1912, sendo que os bondes começaram a rodar apenas em 1914. Em 16 de junho de 1962 o contrato entre a Prefeitura e a Companhia Paulista de Eletricidade expirou e os bondes deixaram de circular em São Carlos.

Apresentação do Memorial do Bonde (arquivo pdf - 2,31 MB)

(04/08/2010)