A Câmara Municipal de São Carlos realizou na noite de sexta-feira (20), no Teatro Municipal Dr. Alderico Vieira Perdigão, uma sessão solene para entrega do título de “Cidadão Honorário de São Carlos” ao professor doutor Henrique Antunes Cunha Júnior.

A homenagem foi realizada no Dia da Consciência Negra como reconhecimento da importante contribuição do professor na promoção da igualdade racial no município.

Participaram da sessão o assessor especial da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) do governo federal, Ivair Augusto dos Santos, o presidente da Câmara, Lineu Navarro, a secretaria municipal de Cidadania e Assistência Social, Rose Mendes, o chefe da Divisão de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Dener Santos Silveira, e a representante da Câmara Setorial das Relações Étnico-Raciais, Regina Conceição.

Pesquisador da cultura afro-brasileira, Cunha Júnior nasceu em São Paulo e estudou Engenharia Elétrica na USP-São Carlos. Dirigiu grupos de teatro amador no movimento negro na década de 1970 e foi membro do Grupo Congada de São Carlos.

“Eu e o Cunha iniciamos nossa militância no movimento negro, quando viemos para São Carlos na década de 70 para estudar. Por isso, fico emocionado com essa homenagem prestada pela cidade ao meu querido amigo”, disse Ivair dos Santos.

A secretária Rose Mendes destacou algumas das ações realizadas pela Prefeitura na promoção da igualdade racial. “A secretaria de Educação acabou de aprovar as diretrizes curriculares para o ensino da cultura afro no sistema de ensino da cidade, além disso, já começamos os estudos do recém-aprovado Estatuto da Igualdade Racial para nortear as futuras políticas adotadas nessa área”.

Henrique Antunes Cunha Júnior, que atualmente leciona na Universidade Federal do Ceará, agradeceu à homenagem e lembrou que aprendeu sobre o movimento negro com a própria família. “Meu avô começou a atuar no movimento desde 1904”.

Cunha Júnior afirmou ainda que espera que nos próximos 20 anos a diferença sócio-econômica entre brancos e negros se reduza em 50%. “Dados de hoje apontam que essa diferença está em 102%”.

(23/11/09)