MORADORES DE RUA APRENDEM INFORMÁTICA PDF Imprimir E-mail
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Transformar a exclusão social em cidadania e resgatar os vínculos sociais e comunitários. Esse é o objetivo da Prefeitura de São Carlos com 13 pessoas que se encontram em situação de rua. O trabalho é integrado entre a Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, via Divisão de Políticas de Atendimento à População em Situação de Rua, e a Fundação Educacional São Carlos (FESC) por meio do Programa de Inclusão Digital (PID), cujos monitores ministram curso no Telecentro de Informação e Negócios da Estação Cultura todas as quartas-feiras, das 9h às 11h.

Todas essas pessoas foram encaminhadas pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) destinado ao atendimento da população em situação de rua. Esta unidade atende em média 50 pessoas todos os dias.

O novo CREAS trabalha de acordo com o que preconiza a Política Nacional de Assistência Social, efetivando com isso o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), fornecendo serviços que asseguram qualidade na atenção protetiva, num espaço de convivência, socialização e acolhida, propiciando o acesso dessas pessoas às políticas públicas existentes no município.

“Oferecemos atendimento psicológico, terapêutico ocupacional, atividades sócioeducativas, recreativas, oficinas, cursos profissionalizantes, além disso, disponibilizamos guarda-volume, local para higiene pessoal e alimentação que inclui café da manhã, almoço e lanche da tarde”, explicou o chefe da Divisão de Políticas de Atendimento a População em Situação de Rua, Luciano Freitas de Oliveira.

Segundo a secretária municipal de Cidadania e Assistência Social, Rose Mendes, São Carlos é a primeira cidade do interior paulista que já tem um CREAS em funcionamento específico para o atendimento à população em situação de rua. “O prefeito Oswaldo Barba criou a Divisão de Políticas e Atendimento à População em situação de Rua exatamente pensando na ampliação dos serviços. Com essas mudanças, houve um aumento no número de atendimentos a essa população, principalmente por parte da nossa equipe de abordagem de rua que realiza rondas diárias convidando a população a conhecer o serviço oferecido no CREAS e do Albergue Noturno”.

Rose Mendes disse, ainda, que essa é primeira turma que está fazendo o curso de informática, mas que a ideia é incluir mais pessoas nesse programa. “Essa primeira turma está com 13 pessoas que aceitaram participar, mas de acordo com a demanda a nossa intenção é abrir novas turmas”, explica.

Cada participante do programa é entrevistado para avaliação de sua situação particular, identificando a demanda e as necessidades, a equipe multiprofissional encaminha para as atividades propostas.

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Para Edson Marcos Borrasca, 33 anos, essa é uma excelente oportunidade para aprender. “É melhor ficar aqui aprendendo informática do que ficar na rua perambulando o dia todo. Antes de conhecer esse programa da Prefeitura eu passava o dia todo na rua pedindo alguma coisa para comer, agora acordo e não preciso me preocupar com isso porque sei que tenho alimentação garantida e que vou aprender alguma coisa que vai me ajudar a arrumar um novo emprego”.

Francisco Carlos Cabrine, 52 anos, ficou desempregado, perdeu todos os documentos e acabou parando no Albergue Noturno onde conheceu o serviço oferecido pela Prefeitura. “O CREAS me ajudou e consegui tirar todos os meus documentos, me ofereceu alimentação e agora estou tendo a oportunidade de fazer esse curso que com certeza vai me ajudar a voltar para o mercado de trabalho. Aqui em São Carlos somente fica na rua quem quer oportunidade a Prefeitura oferece para todos”.

O CREAS destinado ao atendimento da população em situação de rua, fica localizado na rua São Joaquim, 818, no centro. O horário de funcionamento é das 8h às 17h de segunda a sexta-feira.

(21/08/09)
 
 

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