O vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Emerson Leal, participou na tarde de terça-feira (12), no auditório Sérgio Mascarenhas, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, de um debate sobre o Programa Nuclear da Marinha do Brasil. O evento contou com a presença do almirante Carlos Passos Bezerril, diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo. Ele, que é um dos responsáveis pelo projeto do primeiro submarino nuclear brasileiro, proferiu palestra aos estudantes e professores da universidade. Após a palestra, o almirante esteve no Paço Municipal, quando explicou detalhes do programa ao prefeito Oswaldo Barba.

O programa nuclear
A Marinha desenvolve no Centro Experimental de Aramar, em Iperó (SP) seu Programa Nuclear. A primeira parte do projeto, executado desde 1979, foi encerrada. Ela visava capacitar o país a dominar o ciclo do combustível nuclear. Resta agora a conclusão da planta nuclear de geração de energia elétrica, incluindo-se a confecção do reator nuclear para o submarino. O custo total dessa parte do projeto é de cerca de R$ 1,040 bilhão.

A previsão é que todo o sistema para a geração do combustível nuclear necessário fique pronto em 2014 e o submarino nuclear em 2021. Além de fomentar a indústria nacional com a produção de itens, o submarino nuclear pode trazer mais vantagens para a indústria brasileira.

Em um prazo de cinco anos, as indústrias brasileiras poderão usufruir de tecnologia local para o enriquecimento de urânio e, a partir daí, desenvolver projetos, incluindo os do setor privado, com base em mais uma fonte de geração de energia.

O projeto prevê que até 2015 o país seja autossuficiente no enriquecimento do urânio e também na geração de energia a partir do mesmo. O Brasil integra o seleto grupo de países capazes de enriquecer urânio, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica, com a sexta maior reserva de urânio do mundo.

(13/05/09)