SECRETARIA DE EDUCAÇÃO INAUGURA AUDITÓRIO “IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO” NO CEFPE Imprimir

O escritor participará da homenagem em São Carlos

 

A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Educação, inaugura nesta sexta-feira, dia 8 de novembro, às 9h, o auditório “Ignácio de Loyola Brandão” no Centro de Formação dos Profissionais da Educação (CeFPE), que funciona no Palacete Conde do Pinhal, localizado na rua Conde do Pinhal, nº 2.017, no centro.

 

O CeFPE é um equipamento público que tem como objetivo dar sustentação às ações de formação continuada dos profissionais que atuam na educação do município, ampliar suas competências e fomentar a discussão sobre a Educação, com vistas ao diálogo e à qualificação destes profissionais.

 

No local são oferecidos cursos, seminários, oficinas, simpósios e outras ações que contribuem para a ampliação do conhecimento e aquisição de habilidades voltadas para o aprimoramento dos trabalhos dos profissionais da educação; constantemente são atualizados os métodos e técnicas pedagógicos e realizada a interação com a comunidade científica, visando o aprimoramento da qualidade do ensino e a troca de experiências entre os profissionais da rede municipal, com a participação de pesquisadores em áreas afins aos níveis de ensino oferecidos; além de propiciar o acesso dos profissionais às Tecnologias da Informação e Comunicação como instrumento formativo e educativo; também identifica trabalhos realizados com êxito por professores e das escolas, envolvendo os conteúdos curriculares; partilha conhecimento e capacidade orientada para o desenvolvimento profissional e melhoria da qualidade do ensino e dos resultados da aprendizagem escolar dos alunos, entre outros.

 

Desde que foi criado, em novembro de 2017, já ofereceu 73 cursos de formação continuada com a participação de 600 profissionais; 1 curso de Especialização lato sensu em parceria com a UFSCar para 30 professores de Educação Infantil; 40 oficinas nas Paradas Pedagógicas da Educação Infantil, semanas de planejamento nos inícios dos semestres (para todos os profissionais da educação – professores, serventes, merendeiras, agentes educacionais, auxiliares administrativos e equipe gestora); formação continuada em horário de trabalho (CeFPE vai à escola já atendeu 470 profissionais e nas Práticas Educativas no CeFPE outros 400 profissionais); I Jornada do Ensino Fundamental; I Jornada de Educação Ambiental do Município de São Carlos e I Jornada da Educação de Jovens e Adultos.

 

“Investir na educação não é só construir prédios e abrir novas vagas, precisamos pensar na qualidade e isso passa pela formação, capacitação e qualificação de todos os profissionais da educação como professores, diretores, merendeiras, agentes educacionais, auxiliares administrativos e demais profissionais da rede de ensino”, afirma o secretário de Educação, Nino Mengatti.

 

Mengatti disse, ainda, que a vinda de Ignácio de Loyola Brandão é uma homenagem aos educadores. “Graças à dedicação desses profissionais hoje somos a terceira melhor cidade na área da educação. O estudo aponta que São Carlos apresentou avanço nos indicadores de Educação, com números superiores às grandes cidades brasileiras, destacando-se o IDEB”.

 

Ignácio de Loyola Brandão - O escritor e jornalista brasileiro estará presente na inauguração em São Carlos. Eleito para a Academia Brasileira de Letras esse ano, é autor de uma vasta produção literária, entre romances, contos e crônicas. Ignácio de Loyola Brandão nasceu em Araraquara. Com 16 anos começou sua carreira jornalística como crítico de cinema no semanário, Folha Ferroviária. Em seguida, trabalhou no diário, O Imparcial, onde por cinco anos aprendeu a fazer reportagens, entrevistas, impressões e fotografia. Em 1957, mudou-se para São Paulo, contratado pelo jornal Última Hora. Em 1963, foi correspondente do jornal Última Hora na Itália. Nessa época, fazia reportagens para a TV Excelsior, tendo coberto a morte do papa João XXIII.

 

Carreira Literária - A carreira literária de Ignácio Loyola de Brandão começou com a publicação do livro de contos, “Dentes ao Sol” (1965), que reúne histórias passadas na noite paulistana dos anos 60. Em 1968, publica seu primeiro romance, “Bebel Que a Cidade Comeu”, onde relata com sarcasmo, a época de repressão política dos anos 60, um dos períodos mais negros da história do país.

 

Ainda em 1968, Ignácio de Loyola recebe o Prêmio Especial do 1º Concurso Nacional de Contos do Paraná com a coletânea de contos, “Pega Ele, Silêncio” (1968). Em 1974, inicia a redação do romance “Zero”. Com a ajuda do dramaturgo Jorge de Andrade, o romance chega à sua versão final. Recusado pelas editoras brasileiras, a obra é publicada na Itália. Em 1975, a obra é publicada no Brasil, mas é censurada pela ditadura militar, sendo liberada somente três anos depois.

 

Em 1977, Ignácio de Loyola viaja a Cuba como júri do Prêmio Casa de Las Américas. Em 1978 publica o livro: “Cuba de Fidel: Viagem à Ilha Proibida”. Um clássico de Ignácio de Loyola é a obra de ficção: “Não Verás País Nenhum” (1981) onde o autor faz uma previsão catastrófica do futuro do planeta.

 

Em 1981, Ignácio de Loyola viaja para Berlim a convite da fundação cultural Deutscher Akademischer Austauschdienst, onde permanece por 16 meses. De volta ao Brasil publicou a obra jornalística, “O Verde Violentou o Muro” (1984), baseado na sua experiência em Berlim cercada pelo muro.  

 

Ignácio de Loyola Brandão tem mais de quarenta livros publicados, entre romances, contos crônicas, livros infanto-juvenil, viagens, biografias e peça de teatro. Seus livros foram publicados em vários idiomas e o autor recebeu diversos prêmios.

 

Em 2015, Ignácio de Loyola publicou, em forma de carta aos seus filhos, “Manifesto Verde”, onde faz um alerta sobre a preservação da natureza e apresenta as realidades e os desafios que devemos enfrentar em prol da conservação da vida na Terra.No dia 14 de março de 2019, o autor Ignácio de Loyola Brandão foi eleito por unanimidade para ocupar a cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras, que pertencia à Helio Jaguaribe. Jaguaribe faleceu no dia 9 de setembro de 2018. No dia 18 de outubro de 2019 o escritor Ignácio de Loyola Brandão tomou posse.