APÓS APRESENTAÇÕES PRECISAS, UBATUBA LEVA OURO NA GINÁSTICA RÍTMICA JUVENIL Imprimir

Equipe conquistou a 1ª colocação na prova de conjunto em que as ginastas usam 3 bolas e 2 cordas. São Bernardo do Campo ficou com a medalha de prata e Santos levou o bronze neste sábado

 

Para quem assiste é de tirar o fôlego! O movimento com bolas e cordas tem que ser exato. Uma pequena distração pode colocar tudo a perder. Mas as meninas de Ubatuba tiraram de letra e após duas apresentações precisas levaram o ouro na Ginástica Rítmica juvenil nos 82º Jogos Abertos do Interior. A disputa ocorreu neste sábado (17), no Ginásio da Escola Educativa.

 

“A ginástica rítmica envolve muito controle motor e é importante que se tenha muita precisão nos lançamentos desses aparelhos para que eles não se percam, porque cada queda do aparelho implica em perda de pontos, então o principal desafio é não deixar cair”, observou o coordenador da modalidade em São Carlos, Carlos Cuffi.

 

Na manhã deste sábado foram realizadas as apresentações individuais com fitas, bolas, maças e mãos livres. Ao todo, 10 cidades participaram, entre elas, a cidade-sede dos Jogos Abertos. Já no período da tarde foi a vez da Ginástica Rítmica em conjunto com 3 bolas e 2 cordas. Nessa disputa São Carlos não entrou e nove municípios mostraram suas habilidades.

 

As técnicas da equipe de Ubatuba, Jéssica e Joyce Suguimoto, estavam radiantes com o resultado de suas meninas. “Nós treinamos em um espaço que é metade dessa área com várias equipes juntas, então é uma luta. Quando elas conseguem entrar em quadra, dar o sangue e ter um bom resultado como fizeram agora é muita alegria, porque é algo inimaginável dentro da nossa realidade”, celebrou Joyce.

 

Segundo ela, o principal desafio é o trabalho em equipe. “Elas treinam diariamente durante três horas. E respeitar a equipe é um trabalho que vai desde não atrasar ou evitar faltas, até a dedicação nos treinos”, falou. As meninas de Ubatuba conquistaram medalha de ouro na ginástica em conjunto e na prova geral, que soma os pontos das apresentações individuais e das equipes.

 

PRATA – A cidade de São Bernardo do Campo ficou em segundo lugar com a medalha de prata, seguida pelo município de Santos, que levou o bronze. A equipe prata tem ginastas de 13 a 21 anos. “A desenvoltura delas foi muito boa, eu me dou por satisfeita, porque é um grupo novo, temos duas meninas da geração passada apenas. Esse é o primeiro Jogos Abertos de muitas delas, inclusive com séries elaboradas para meninas mais experientes, então achei que elas foram super bem. Fiquei muito feliz e elas também”, comentou Cristina Jabonine, técnica da equipe.

 

Segundo ela, que trabalha ao lado das técnicas Nahomi Reis e Roberta Zago, o treino é bem puxado e, muitas vezes, as ginastas precisam abrir mão do lazer para se dedicar à ginástica. “Treinamos quatro horas por dia de segunda a sexta-feira e aos sábados, às vezes, em período integral. Não existem férias, não existe feriado, então é bem puxado, é uma escolha mesmo. A menina que entra para esse mundo escolhe abrir mão de algumas coisas para ganhar outras, não é muito fácil, mas é recompensador, tanto para nós, quanto para elas, porque depois vemos que todo aquele esforço, aquela festa que você deixou de ir, se recompensa numa medalha, no reconhecimento, no crescimento”, garantiu.

 

AVALIAÇÃO – Os dez árbitros que acompanham a disputa avaliam quatro critérios nas apresentações em conjunto: dificuldade corporal, dificuldade do aparelho, composição coreográfica e execução técnica. A supervisora da modalidade nos Jogos Abertos, Glícia Maria Belemo, disse que o nível das competições está bem alto. “Aqui nós temos campeãs de brasileiros, realizados pela própria Confederação Brasileira de Ginástica, então é nível de campeonato brasileiro, porque reúne as dez melhores do estado dessa categoria, a partir de 9 anos, que é considerado nosso juvenil, porque a maioria das meninas têm mais de 14 anos”, afirmou.