SAÚDE Imprimir


Região central apresentou eficiência nos gastos com saúde.

 

REGIÃO CENTRAL OBTÉM 3.º LUGAR NO RANKING DE EFICIÊNCIA NOS GASTOS COM SAÚDE

 

Um estudo inédito da Fundação Getúlio Vargas FVG-SP), publicado na edição de ontem (10) do jornal O Estado de S. Paulo, aponta que a região Central do estado de São Paulo, onde se localiza São Carlos, apresentou eficiência nos gastos em saúde. O estudo da FGV cruzou dados sobre gastos em saúde, internações por infecções e acesso aos serviços para medir a eficiência das prefeituras.

 

Nos índices de eficiência no acesso aos serviços de saúde e prevenção de doenças infecciosas segundo o tamanho da população do município, o percentual para as cidades acima de 100 mil habitantes, caso de São Carlos (223 mil habitantes segundo o Seade), foi superior a 72%. A região Central obeteve índice de eficiência de 87% com 3.º lugar no ranking das melhores regiões no acesso aos serviços de saúde, superando regiões como a de Bauru com 83% e Campinas com 82%. O primeiro lugar foi conquistado pela grande São Paulo com 90% seguido da baixada santista com 89%.

 

No índice eficiência na prevenção de doenças infecciosas a região central ocupou o 6.º lugar com percentual de 16%, liderado também pela grande São Paulo que obteve índice de 36% de eficiência.

 

O estudo da FVG que avaliou 95% dos 645 municípios paulistas foi apresentado ontem (10) durante a realização do 36º Encontro Nacional de Economia em Salvador na Bahia, que sugere a descentralização de serviços de atendimento, delegação de mais recursos e responsabilidade aos municípios.

 

Para chegar aos resultados, os pesquisadores criaram um índice de eficiência que cruzou gastos per capita com indicadores de resultado: o número de internações per capita por doenças infecciosas e o índice de acesso aos serviços de saúde. O primeiro indicador fornece informação sobre como estão as ações preventivas em um município, já que é possível prevenir doenças infecciosas. Já as mortes dentro dos hospitais expressam a cobertura do atendimento.

 

Investimentos em São Carlos

O secretário interino de Saúde João Pedrazzani explica que no caso de São Carlos é fruto de um trabalho sério desenvolvido nesses oito anos, em que a área de Saúde foi uma das prioridades nas duas gestões do prefeito Newton Lima com investimentos que saltaram de R$ 22 milhões em 2001 para R$ 66 milhões neste ano. São Carlos aplicou em Saúde no mesmo período, em média, 20% do orçamento muncipal, bem acima dos 15% determinados por lei.

 

“Por determinação do prefeito, os esforços foram concentrados na ampliação do atendimento nas áreas da Atenção Básica, Especialidades, Programa de Saúde da Família e Atendimento Hospitalar, além das parcerias com a Santa Casa e com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)”.

 

O 1º módulo do Hospital-Escola Municipal “Prof. Dr. Horácio Carlos Panepucci”, que já está em operação há mais de um ano, segundo Pedrazzani, também é outro dado significativo porque ampliou o atendimento na área de Urgência e Emergência, desafogando o atendimento que até então era feito exclusivamente pelo Serviço Médico de Urgência (SMU) da Santa Casa. “A decisão foi acertada porque reduziu em cerca de 35% o atendimento de urgência e emergência da Santa Casa”.

 

A parceria com a Santa Casa, principal prestador de serviço do município, também foi muito importante para a realização de diversos procedimentos de saúde. Os recursos financeiros transferidos para a Santa Casa nos últimos oito anos somam R$ 115, 3 milhões divididos entre R$ 104, 5 milhões de repasse do governo federal, R$ 2,27 milhões do governo estadual e R$ 8,5 milhões de recursos da Prefeitura de São Carlos.

 

Pedrazzani recorda que em 2006 um convênio com o Ministério da Saúde possibilitou que a Prefeitura quitasse uma dívida de R$ 1,1 milhão com a Irmandade. “Isso fortaleceu a parceria e ampliou a realização de procedimentos de saúde com o hospital, já o prefeito Newton Lima fez também gestão junto ao Ministério da Saúde e conquistou a ampliação em R$ 300mil/mês do teto SUS para a realização dos procedimentos de alta e média complexidade, totalizando uma aplicação de recursos de R$ 3,6 milhões por ano na assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde”, frisa Pedrazzani.

 

Em maio deste ano, durante reunião com a mesa diretora da Santa Casa, o prefeito Newton Lima anunciou ainda a destinação de R$ 500 mil para a Santa Casa (R$ 250 mil à reforma do Centro Cirúrgico do hospital; a outra metade para ampliação física da UTI adulto), com recursos de emenda parlamentar da bancada do PT na Assembléia Legislativa.

 

Todos estes investimentos, segundo Pedrazzani, permitiram que o município pudesse oferecer novos serviços, como o mutirão de cirurgias eletivas contratadas junto à Santa Casa, agilidade e humanização do atendimento para os usuários do SUS.

 

(10/12/08)