» SÃO CARLOS GANHA AMBULATÓRIO DE HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO Imprimir

Portadores do hipotireoidismo congênito acabam de ganhar uma importante opção no tratamento da doença: o Ambulatório de Hipotireoidismo Congênito implantado pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Departamento de Medicina da UFSCar, no Centro Municipal de Especialidades (CEME), na Vila Isabel. O atendimento acontece às sextas-feiras, a partir das 14h, por meio de agendamento prévio. Os casos devem ser encaminhados pelas unidades de saúde do município seguindo os mesmos critérios adotados para as consultas de outras especialidades.

Além das consultas, a Prefeitura oferece gratuitamente desde exames mais simples, como sorologia e o teste do pezinho, feito em todas as unidades de saúde, até os mais sofisticados como exames cromossômicos e o fornecimento de medicamentos.

Saiba mais sobre a doença
É hereditário, causado pela falta de uma enzima, impossibilitando que o organismo forme o T4, hormônio tireoidiano, impedindo o crescimento e desenvolvimento de todo o organismo inclusive o cérebro, sendo a deficiência mental uma de suas manifestações mais importantes.

Entre as causas da doença estão o defeito congênito do metabolismo e a falta do hormônio tireóide, causando conseqüências como deficiência mental irreversível, convulsões, problemas de pele e cabelo, problemas de urina e até invalidez permanente. O tratamento do hipotireoidismo congênito é feito com a administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico, para que o bebê fique bom e tenha uma vida normal.

Detecção
O teste do pezinho detecta fenilcetonúria (doença relacionada a uma alteração genética rara, herdada, que envolve o metabolismo de proteínas) e hipotireoidismo congênito. Como as crianças nascem aparentemente normais e os sintomas da fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito surgem por volta do 6º ao 8º mês de vida, torna-se importantíssima a detecção dessas doenças ainda nos berçários.

Essa detecção se processa por meio de testes realizados no sangue do recém-nascido, coletado em papel de filtro apropriado, para posterior encaminhamento ao laboratório especializado da APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo. Estima-se que um em cada três mil recém-nascidos é portador de hipotireoidismo congênito. São Carlos registrou 17 casos da doença no período de 2003 a 2006, ainda sem registro de novos casos neste ano.



(29/11/07)