O feminino representado e retratado em mostras nos espaços expositivos públicos

Com a proposta de uma programação de exposições em comemoração ao Mês da Mulher 2012, a Coordenadoria de Artes e Cultura, por meio de sua Divisão de Artes Visuais, propõe uma articulação colaborativa com a Secretaria de Cidadania e Assistência Social por meio da Divisão de Política para as Mulheres, com o objetivo de promover a reflexão e a difusão da produção contemporânea das artes visuais, produzidas pelas artistas mulheres, ou por artistas que tenham trabalhos relacionados à temática.

Centro de Cultura Afro- Brasileira “Odette dos Santos”

FEMININO EXPANDIDO - de 09 de março e 28 de abril

Exposição "Expandido Olhares"
De Renata Felinto com as artistas convidadas Ariane Neves e Juliana Brecht, esta exposição propõe a discussão da produção artística da mulher, com destaque para a mulher afro-descendente na sociedade brasileira, conta com mesas-redondas e oficinas das artistas em sua programação.
Endereço: Rua Dona Alexandrina, 844 (esq. com R. 13 de maio)
Visitas: de segunda a sexta das 14h às 21h
Entrada gratuita

Ações educativas
09 de março de 2012 (sexta) das 18h às 19h30
Mesa redonda de abertura – O Feminino na Arte e na minha Arte
com mediação de Alexandre Araujo Bispo, Renata Felinto, Ariane Neves e Juliana Brecht

O curador, pesquisador e cientista social mestrando em Antropologia Social pela USP Alexandre Araujo Bispo fará a mediação desta mesa redonda que conta com a presença das três artistas que participam da exposição Expandindo Olhares, com o objetivo de situar os participantes acerca da produção de Artes Visuais feita no Brasil por mulheres e, especialmente, por mulheres mestiças e negras ou que possuem trabalhos de arte que dialogam com a matriz africana. A partir de uma introdução elaborada pelo próprio mediador ele levantará questões sobre a produção das artistas presentes na mesa e sua relação com o fio da história da arte e com as questões que tocam o feminino em nossa sociedade.

10 de março de 2012 (sábado) das 15h às 18h
Oficina Identidade e feminilidade com Renata Felinto

Apresentar aos participantes uma breve coletânea de imagens de obras de artistas mulheres que tentaram realizar o diálogo entre o ser feminino, a arte e a sociedade, tendo como fios condutores desta apresentação a produção de arte compreendida como um instrumento de compreensão de identidades e lugares sociais que extrapolam a visualidade. A partir destes exemplos, os participantes serão convidados a refletir sobre os lugares relegados ás mulheres, especialmente às negras, e a arte como forma de discussão de tal problemática a partir da proposição de um trabalho em pintura. Serão levados alguns textos, desde informativos até poesias, para instigar os participantes, especialmente os que envolvem a temática gênero e etnia ou raça.
Publico – alvo: Interessados a partir de 16 anos de idade.

Quem é Renata Felinto?
Bacharel em Artes Plásticas e mestra e doutoranda em Artes visuais pelo Instituo de Artes da  UNESP. Atua há 11 anos com arte e educação. De 2004 a 2011 atuou no Museu Afro Brasil em vários cargos até chegar à coordenadora do Núcleo de Educação. Publicou diversos artigos, ministrou cursos, organizou exposições e encontros focando questões sobre a arte, educação e etnicidade, destacando a coordenação e autoria juntamente com outros autores da Coleção Civilização Brasileira – Cultura Afro – Volume 1 e 2, Editora DCL, 2011, e Projeto “Vivenciar”, Livro do aluno – segmento Cultura Afro Fundamental 1e 2, Editora DCL, 2009.  Atualmente atua como educadora e pesquisadora em projetos culturais, sociais e educacionais como o “Embu com Artes” (Instituto Sidarta e IMPAES), escreve e faz parte do conselho editorial da revista “O Menelick 2. Ato”, idealizou e coordenou a programação do mês da consciência negra da Pinacoteca do Estado de São Paulo chamada Africanofagias Paulistanas. Principais exposições: 2004, Bauru (SP), “Penso, logo resisto”, SESC Bauru; 2002, Guarulhos (SP), “Re-Existindo”, Centro Permanente de Exposições de Arte Prof. José Ismael; 2010, São Paulo (SP), “Tempos de Abolição, Tempos de Escravidão: Iconografias e Textos”, Museu Afro Brasil, curadoria de Emanoel Araújo.
 
24 de março de 2012 – das 15h às 18h
Oficina Extero–Corpo com Ariane Neves

A artista trabalha com a experimentação de materiais e suportes tendo o corpo, especialmente o feminino, como eixo central da construção de suas discussões visuais e poéticas. Desta forma, a construção de narrativas pessoais a partir da investigação de materiais, a ressignificação dos mesmos traduzindo-se na produção de desenhos, pequenos cadernos, caixas e objetos são parte do convite que será feito aos participantes nesta oficina, na qual poderão experimentar modos de trabalho e de criação já utilizados pela artista a partir da pesquisa de materiais e de texturas, das escolhas de composições e, ao mesmo tempo, trará o espírito investigativo que faz parte da gênese dos processos de criação.  O resultado poderá tanto ser uma composição bidimensional como um lambe-lambe a ser colado nos arredores do Centro Cultural Municipal de Cultura Afro-Brasileira Odette dos Santos. Publico – alvo: interessados a partir de 14 anos de idade.

Quem é Ariane Neves?
Nascida em Diadema (SP) moradora da região sul da cidade há 20 anos, ao cursar Artes Visuais na Faculdade Paulista de Artes e tendo, simultaneamente, a primeira experiência profissional como educadora em artes em 2006, tais experiências possibilitaram tatear as escolhas que hoje dão frutos mais maduros e com possibilidades inúmeras de mudança e crescimento.  Seu olhar para a produção em arte começou a se definir mesmo depois de sua primeira gravidez e do término da graduação em artes com desejo de iniciar uma nova graduação em dança.

14 de abril de 2012 (sábado) - das 15h às 18h
Oficina Imagem e palavra – materialidade da memória com Juliana Brecht

Apresentar aos participantes relações entre imagens/objetos e a conexão com seus significados no repertório cultural religioso afro-brasileiro. Os participantes deverão reconhecer e refletir sobre objetos que estabeleçam relações com suas histórias e tornem-se símbolo das mesmas. Criar imagens através de desenhos e/ou colagens de objetos que tragam significações e simbologias baseadas em lembranças chaves que dão sentido à identidade do participante. Associar às imagens palavras que desenvolvam o sentido simbólico do trabalho. Perceber que existem “chaves” de significados para a leitura / fruição de imagens para as quais o repertório desenvolvido durante o percurso de vida do indivíduo influencia diretamente o olhar. Publico – alvo: interessados a partir de 16 anos de idade.

Quem é Juliana Brecht?
Formada em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da UNESP em 2002, especializou-se em fotografia e tem na cultura afro-brasileira sua maior fonte de pesquisa para desenvolvimento de trabalhos visuais e textuais. Desde os 15 anos descobriu na arte sua forma de expressão, em um primeiro momento como “denúncia” de questionamentos sociais; com a busca de sua identidade poética e o desenvolvimento de seu repertório artístico descobriu sutilezas e formas de se comunicar visualmente com o outro a partir do que lhe é mais íntimo no pensar. Nesse processo participou de pesquisas cenográficas e de fotografia com o Grupo Atrás do Grito de teatro, o qual atuava em espaços não convencionais apresentando-se em diferentes cidades. Realizou diversas viagens pelo Brasil para registro fotográfico de festas populares como Ticumbi; Festa de Iemanjá; Lavagem do Bonfim; Santo Antônio de Catigeró; Divino; Folia de Reis, entre outras. Entre as exposições realizadas mais representativas estão: Entre a memória e o sonho (Galeria Parque Avenida, 2008); Poéticas Transitórias (Casa Púrpura, 2007); Dicotomias Disformes (Casa Púrpura, 2007); Livro de viagem – parte I (ECO, 2007); Dias estranhos vistos de perto (Galeria de Arte da Unicamp, 2006); Fragmentos de Memória (ECO, 2005); Horizontes da Memória (ECO, 2002); Vento da vida, brisa das Ayabás (Biblioteca Monteiro Lobato, 2001). 

28 de abril de 2012 (sábado) - das 15h às 18h
Mesa redonda “Quem é a mulher afro-descendente que produz arte na sociedade brasileira hoje?” com mediação Vanessa Lambert e Janette Santiago, Débora Marçal e Raquel de Almeida

A artista plástica, pesquisadora e Mestre em Artes Visuais pela UNESP Vanessa Cristina Lambert fará a mediação desta mesa redonda que tem por fundamento investigar junto às participantes como se dá a produção de artes nas áreas de dança (Janette Santiago do Espaço Crisantempo), de artes cênicas (Michelle Mattiuzzi) e de literatura (Raquel de Almeida do Sarau Elo da Corrente), quando as proposições são feitas por protagonistas negras ou mestiças que possuem a sua própria saga ou história para o mote criativo. Como se dá este processo de pesquisa e criação em cada uma das áreas e como o público recepciona a produção de mulheres negras que são profundamente estigmatizadas pela sociedade brasileira. 

Janelas para Arte

Exposição "Mostra Especial Mamães" de 16 de março a 29 de abril

Curadoria de Livia Martucci com fotografias de Marina Maldonado, Juliana Florindo, Tatiane Zanichelli, Nicole Novaes e Foto e Memória.

Imagens que retratam o universo da mulher relacionado à maternidade e seu processo de gestação, com o objetivo de enaltecer a feminilidade enquanto elemento forte da cultura e identidade materna por sua ligação com o corpo e com a natureza.

Janelas do Serviços Integrados do Município (SIM- Centro)
Esquina das ruas Dona Alexandrina e Major José Inácio
24h aberta ao público

FOTO E MEMÓRIA
Formado pelas fotógrafas Alessandra Zeffa e Ana Paula Neves e nasceu no ano de 2010 na cidade de São Carlos.  A equipe tem como base um tripé: AMOR pela arte, COMPROMISSO com o sentimento e a história que envolve cada ocasião e o resultado de um trabalho com TECNOLOGIA.

MARINA MALDONADO
Natural de São Carlos e se apaixonou pela fotografia ainda na infância. Manteve-a como hobby até a conclusão do curso de Direito na Universidade Mackenzie, quando voltou à paixão pueril. Foi aluna de Enio Leite (Escola Focus) em São Paulo – ainda na época do 35mm e laboratórios P&B –, e continua participando de workshops na área de fotografia e imagens. Atualmente trabalha com a temática do universo materno-familiar, em ensaios de gestante, recém-nascidos, bebês e família, além de acompanhar o que pensa ser o momento mais marcante da vida: o nascimento de um bebê.

JULIANA FLORINDO
Fotógrafa com especialização em foto-jornalismo, trabalhou por 6 anos em 2 das maternidades mais conceituadas da cidade de São Paulo, registrando o nascimento de muitos bebês. Agora em São Carlos, a fotógrafa tem um projeto super especial para as famílias poderem relembrar com bom gosto e naturalidade momentos como: a fase final da gestação, o trabalho de parto, o parto, as visitas, a chegada em casa e a recepção da família, o crescimento, o batizado, o aniversário, o passeio no parque, enfim tudo que puder ser retratado, e recordado de maneira tão especial como foi vivido!

Saguão do Paço Municipal “Edifício Sesquicentenário”

Exposição "As mulheres em São Carlos" de 15 de março a 04 de abril
Obras de Ivan Moreira, Lou Haach, Nádia Graciano, Conceição Sierra, Silmara Sierra, Marly Foschini, Daniela Caburro, Rosana Del Vale, Janete, Eliéte Cardinalli,  Leny e Mayra Calligaris, selecionadas pela Convocatória Mês da Mulher 2012, que teve como objetivo selecionar obras para exposições temporárias coletivas, para o fortalecimento da temática, independente da questão do gênero.
Endereço: Rua Episcopal, 1.575
Visitação: de segunda a sexta das 8h às 18h
Entrada gratuita

Saguão do Teatro Municipal “Dr. Alderico Vieira Perdigão”

Exposição "As artistas de São Carlos" de 14 de março e 08 de abril
Obras de Rosana Del Vale, Kena, Anny Lemos, Nádia Graciano, Mara Toledo, Daniela Caburro, Leidy Day, Janete, Marly Foschioni, Silmara Siera, Conceição Siera, Eliéte Cardinalli e Leny, selecionadas pela Convocatória Mês da Mulher 2012, que teve como objetivo selecionar obras para exposições temporárias coletivas, para fortalecer os trabalhos das mulheres como artistas, independente do tema que elas desenvolvem.

Endereço: Rua Sete de Setembro, 1735
Visitação: de quarta a domingo das 16h às 20h
Entrada gratuita

---

Compartilhe essa informação